sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

                                  Números 14:1 a 12


     "Os israelitas preferiram aceitar o critério dos dez espias a depositar sua fé no Deus invisível. Que quadro vergonhoso o dos israelitas, dando gritos de desespero e chorando a noite inteira! Quiseram nomear outro líder e voltar para o Egito. Reconheceram que o Senhor os havia conduzido até ali, mas chegaram no auge dizendo que ele os havia trazido a uma armadilha para matar os homens a espada e fazer suas mulheres e filhos escravos dos cananeus.
     Pensaram no perigo de guerrear, mas não no de voltar para o Egito sem Moisés, sem a nuvem, sem o maná e sem a proteção do Senhor! Como os receberiam os egípcios? Poderiam agüentar novamente o jugo da servidão? Se há dificuldades no caminho do crente, quanto mais haverá no daquele que volta atrás.
     Os quatro fiéis procuraram persuadir os rebeldes do seu erro. Josué argumentava:"O Senhor é conosco; não os temais." Mas a multidão deu rédea solta à sua paixão e falou de apedrejá-los. Naquele momento Deus interveio mostrando sua glória no tabernáculo."
Paul Hoff

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

                                    Números 13


    Segundo deixa claro o texto de Deuteronômios 1:22 e 23, o povo insistiu com Moisés para que antes de possuírem a terra prometida, Moisés enviassem espias para testificarem que a terra era realmente tão boa quanto Deus havia dito que era. Também queriam saber, a despeito da promessa de Deus de que eles possuiriam a terra, se eles teriam condições de vencer o povo que lá habitava. Mais uma vez o povo de Israel duvidou da promessa feita por Deus e quis tomar as rédeas da condução de suas vidas.
     Deus permitiu que fosse feito como eles queriam, e 'pareceu bem' a Moisés deixá-los ir. O Senhor concedeu aos Israelitas sua petição, com o propósito de manifestar o que estava no coração do povo. Os espias foram um grupo de pessoas especialmente escolhidas para esta perigosa tarefa de reconhecimento do local. Um representante de cada tribo foi enviado, dentre eles o futuro sucessor de Moisés, Oséias, filho de Num da tribo de Efraim. Este teve seu nome trocado por Moiséis. De Oséias, que significa simplesmente 'salvação', para Josué, que quer dizer 'o SENHOR salva'. Seu nome apontava para o Senhor como o autor da salvação daquela nação.
     Depois de viajar cerca de trezentos e vinte quilômetros, os espias chegaram a Cades, na fronteira de Cananaã. Viram que a terra era fértil, que manava leite e mel, que tudo era conforme Deus havia dito. Independente de tantas evidências, os espias temeram, não confiaram na promessa de Deus. E durante o relatório que prestaram a Moisés, Arão e toda a congregação, eles confirmaram que a terra era conforme Deus havia dito, mas deram ênfase aos grandes obstáculos: cidades fortificadas, e gigantes que haviam lá. 
     Calebe tentou acalmar o povo com palavras de ânimo e fé, não desconsiderando o que os espias disseram,mas colocando sua esperança,não na fraqueza do povo a ser vencido, mas na promessa que Deus havia feito. Calebe e Josué não olharam as circunstâncias, não fizeram caso da dificuldade, não se prenderam ao que seus olhos viram, mas às promessas. Seus olhos estavam fitos no Deus de Israel e no que ele prometera. Para Calebe e Josué, não se tratava de uma guerra a ser travada entre Israel e os gigantes, e sim entre DEUS e os gigantes. Vale ressaltar que quando a Bíblia se refere a eles como gigantes, se refere a homens muito fortes e iníquos.
     Estava criado um impasse. Diante do que fora dito, Israel precisava decidir se confiaria em seu próprio coração temeroso e enganoso, ou se creria no Deus que tanto já fizera por eles, e que tantas obras incríveis já operara no meio deles. Sempre que nos deixamos levar por nossos pecaminosos corações e sensações, nos colocamos na mesma situação do povo de Israel. Quantas vezes sabemos o que devemos fazer e que caminho tomar, mas o medo dos gigantes, das lutas , da guerra, nos leva a fazer diferente daquilo que está claro nas promessas de Deus(a Bíblia). Que nossos corações não sejam fracos como o daquele povo, mas que a nossa confiança seja posta no Deus que cumpre tudo aquilo que prometeu!


     

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

                              Números 12 (De novo!)

       Interessante notar a atitude de Moisés com relação aos seus difamadores. Em momento nenhum ele se irou contra eles, ou desejou seu castigo. Moisés era um homem manso e humilde e não procurou se defender das calúnias ditas por Arão e Miriã. Ele estava mais ocupado em servir a Deus e não prestou atenção aos ataques deferidos a ele. Moisés sempre demonstrou um zelo enorme pelo nome e honra do Senhor, mas deixava que Deus vingasse a sua causa. Que linda lição para nós! E olha que ele era o líder supremo do povo de Deus. E nós muitas vezes nos irritamos quando nos criticam, saímos alardeando a nossa justiça, desejosos de que nosso nome fique limpo aos olhos dos homens. Quem já não sentiu essa preocupação?! Não de saber o que Deus pensa sobre nós, ou sobre determinada atitude que tomamos, mas o que fulano ou sicrano estão pensando, se estão nos julgando mal, ou fazendo um juízo errado, injusto a nosso respeito? Na realidade o que precisamos é ter a certeza de que estamos agindo corretamente e de acordo com a Palavra em toda e qualquer situação, e deixar a nossa defesa por conta daquele que sonda os corações. Devemos nos lembrar que tudo está PATENTE aos seus olhos, que ele tudo vê e tudo julga, embora muitas vezes pareça demorado(aos nossos olhos), que a justiça seja feita! " Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?" Lucas 18:7
     Aprendamos esta preciosa lição com Moisés: não devemos nos preocupar com o que falam de nós(a menos que eles tenham razão!!), devemos sempre nos lembrar que estamos diante do Grande Juíz de toda a terra. Que devemos temer julgar as atitudes dos outros, mas não devemos dar importância quando somos julgados e difamados. Que Deus nos dê tamanha mansidão, pois estamos sempre muito dispostos a nos achar certos e a nos defender, e em contra partida, sempre com a língua afiada para apontar erros e criticar os outros!      

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

                                Números 12


     Arão e Miriaã não se contentaram em ocupar o segundo posto em Israel. Eles queriam o lugar de Moisés. A Bíblia descreve Moisés como o único homem no Antigo Testamento que falava com Deus face a face. Com ele, Deus não falava através de sonhos ou visões como com outros profetas, mas cara a cara, ou seja, com intimidade, como se fala a um amigo (Êxodo 33:11). "Somente Moisés viu a 'semelhança do Senhor' não como uma forma divina mas como 'alguma evidência inequívoca de sua presença gloriosa', pois Deus é espírito, invisível e sem forma."(Paul Hoff). Vemos aqui um típico caso de inveja por parte de Arão e Miriã. E pior, além de dar largas a este sentimento pecaminoso, eles se permitiram colocá-lo para fora, se reunindo para criticar seu líder.
     O Senhor os repreendeu severamente por sua arrogante falta de temor ao fazerem oposição a Moisés. A doença de Miriã e sua expulsão por sete dias do arraial, foi uma advertência para todo o povo de quão grave é criticar os servos do Senhor. Veja o que Deus fala sobre isso através de Pedro:"...porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos  e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia do Juízo, especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores..." II Pedro 2:9 e 10
     Cuidemos sempre de nossa língua, nos guardemos de emitir juízo sobre quem quer que seja, mas principalmente contra nossos líderes. Não me refiro apenas a nossos pastores e presbíteros, mas a toda e qualquer autoridade que Deus colocou sobre nós. Lembremo-nos de que ele constituiu estas autoridade para nos guiarem em seus caminhos! Não que estes não errem e não mereçam advertências. Mas que tudo seja feito como a própria Palavra nos ensina. Quando qualquer autoridade que está sobre nós peca, temos o direito e a obrigação de advertí-la. Mas não foi isso que vimos em Miriã e Arão. Eles não estavam preocupados em alertar Moisés sobre algo com que não concordavam, ou supunham estar errado. Eles queriam criticá-lo nas suas costas, falar dele, simplesmente. Que nossas intenções e atitudes sejam sempre pautadas pela santidade que o Senhor exige de nós!
   

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

                              Números 11:10 a 34

    Aqui vemos Moisés, servo de Deus, vencido pelo cansaço do excessivo trabalho e pela frustração de não poder atender as reclamações do povo. Ele estava cansado, impaciente, se sentindo impotente. Ele desejava deixar seu posto. A carga era grande. Responder por todo aquele povo, transmitir a eles a palavra de Deus e muitas vezes vê-los desprezá-la, certamente o angustiava. O líder de um povo (pastores, presbíteros) muitas vezes sentem esta mesma dor. Dor de um pai que quer ver seus filhos andarem no caminho certo, mas muitas vezes o vê se desviar. E Moisés estava sozinho. A decisão da escolha de 70 anciãos para dividir com ele esta árdua tarefa foi muito bem aceita por Moisés. Josué até quis que Moisés impedisse que eles profetizassem, mas Moisés não queria exclusividade, ele desejava ver a expansão do Reino de Deus, quanto mais homem que tivessem o Espírito de Deus fizessem isso, melhor para o povo!
     E dando ao povo aquilo que ele tanto reclamou, Deus enviou um vento que trouxe as codornizes voando muito baixo, de forma que podiam ser pegas com as mãos. A ganância do povo foi tão grande que muitos comeram a carne ainda crua, o que provocou a praga descrita e muita morte no meio do povo. Me lembrei daquele texto do Novo Testamento que tem tudo a ver com o que acabamos de ler:"Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjares em vossos prazeres." Tiago 4:3. Devemos perscrutar nosso coração quando pedimos algo a Deus. Será que o que estamos pedindo é legítimo, será que não temos sido egoístas e , como diz o texto, temos pedido mal? Mais uma lição que o povo do deserto nos ensina!! Eles tiveram carne para um mês, até sair pelos narizes, como o próprio texto diz, mas estavam colhendo a ira de Deus por causa da sua murmuração, e muitos deles pagaram com a vida!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

                                Números 11:1 a 9


     Logo o povo desviou seu olhar de Deus e começou a reclamar do deserto. É claro que eles estavam passando algumas dificuldades. Sem dúvida, os hebreus sofriam por causa do sol abrasador, das privações e dos perigos, mas isso não era motivo para a ingratidão, irritação e rebeldia. Quão depressa eles se esqueceram da escravidão do Egito! Esqueceram as coisas ruins , mas lembravam das boas( os peixes, pepinos, melões...). Mas no deserto não se lembraram de agradecer o livramento da servidão, o maná que descia todas as manhãs para sustentá-los.
     Quando no verso 4, a Bíblia fala no 'populacho', está se referindo a asiáticos que eram escravos no Egito juntamente com os hebreus, e aproveitaram o êxodo para fugir, ficaram no meio do povo. Assim como os ímpios dentro das igrejas, estes estrangeiros ainda cobiçavam as coisas do Egito, porque seu coração estava lá. E estes, contaminavam o povo de Deus com suas murmurações acerca de Deus e de suas ações.
     Temos que ter muito cuidado para não sermos influenciados por estes 'estrangeiros' que estão no nosso meio, mas não são dos nossos. Estes, quando passam pela provação, só sabem reclamar e desejar a situação anterior( o paralelo de querer voltar a comer as carnes do Egito, é desejar viver novamente na escravidão do pecado). Não! O povo de Deus não prefere a fartura, e com ela a escravidão! O povo de Deus deseja ser livre do pecado, mesmo que para isso precise enfrentar as privações dos desertos desta vida! Que nunca o nosso coração tenha saudades ou deseje as carnes do Egito, mas que nossos olhos estejam fitos no Senhor, para que jamais reclamemos das situações pelas quais estamos passando. Lembram da pregação de domingo em Habacuque? O deserto, o juízo e a disciplina na nossa vida é SEMPRE para aproveitamento! É sempre visando nos levar aos pés de nosso Senhor. Por isso, enquanto sofremos, devemos aguardar nosso consolo vir dele: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus;" Salmos 46:10 e "Tem misericórdia de mim, ó Deus, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades." Salmos 57:1. Esta deve ser a nossa postura, calar-nos diante do Deus de toda a Terra, aguardarmos seu livramento e não murmurarmos, reclamando que a nossa situação anterior era melhor que a de hoje. NÃO! Se estamos nessa situação hoje, é porque ele designou que assim deveria ser, para nos trazer para junto de si. Isto é fé! Lembram do texto de Habacuque? "...mas o justo viverá pela sua fé." e " Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação." Habacuque 3:17 e 18.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

                             Números 9:15 a 23 e Números 10


     No final do capítulo 9, vemos a maravilhosa descrição de como a nuvem de dia, e a coluna de fogo à noite, guiavam o povo! Era a presença do próprio Deus no meio deles, mostrando-lhes o caminho, onde deveriam ir, quando parar! Também aquecia-os nas noites frias do deserto, e era sombra refrescante sob o sol ardente. Este foi o primeiro e mais importante instrumento que Deus usou para guiar seu povo na caminhada rumo à Canaã. Deus mesmo dava as ordens!
    O segundo instrumento para guiar as saídas e paradas e movimentos militares do povo, foi o descrito no capítulo 10: 1 a 10. Os sacerdotes tocavam as trombetas indicando que todo o acampamento estava sob as ordens de Deus. Deus dava as ordens através de seus sacerdotes.
     O terceiro instrumento usado por Deus foi o conselho do cunhado de Moisés, Hobabe. Ele era um homem experimentado, que conhecia bem o deserto, seus mananciais, oásis e os melhores lugares para acampar.
     Meditando nestas orientações de Deus para Israel, tiramos ensinamentos preciosos para a nossa caminhada neste deserto em que nos encontramos! Primeiramente precisamos saber quais são as orientações que ele mesmo nos dá. E onde as encontramos? Na sua palavra. Também precisamos saber que Deus colocou líderes sobre nós, que zelam por nossas almas, para tocarem as trombetas e nos direcionarem. Nesta categoria poderíamos agrupar nossos pais, maridos, pastores, presbíteros. Todos sendo usados como autoridades para nos guiar pelo 'deserto' . E em último lugar, Deus por várias vezes na Bíblia nos ensina a recorrer a conselhos dos crentes mais experimentados. Buscar direção de Deus através de nossos irmãos é uma forma bíblica de tomarmos decisões. " Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito." Provérbios 15:22, " Ouve o conselho e recebe a instrução, para que sejas sábio nos teus dias por vir." Provérbios 19:20.
     Como podemos perceber, Deus não nos deixa à nossa própria sorte, mas nos cerca de autoridades, de conselheiros e de sua própria palavra para nos orientar em nossa difícil, mas maravilhosa caminhada!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

                                   Números 9:1 a 14


     Este texto nos remete diretamente a êxodo 12, onde há a instituição da Páscoa. Ali o Senhor institui um calendário religioso, como comemoração ao evento que se seguiria: o Êxodo, a fuga do Egito. Nesse momento em que esta festa é instituída, acabara de ser anunciada a décima praga sobre os primogênitos do Egito. O Senhor orienta seu povo com  e diz que esta festa solene deve ser comemorada por todas as gerações para que o povo se lembre do grande livramento que o Senhor daria a seu povo naquela noite.
     A celebração era cheia de significados! A começar pelo nome. Páscoa significa 'passar por sobre', 'saltar por cima' numa alusão clara ao evento em que o anjo da morte pouparia, passaria por cima da casa dos hebreus, das casas que tivessem os umbrais das suas portas marcados com sangue. Era o sinal do livramento da morte do primogênito daquela casa. O sangue que era derramado no sacrifício que cada família deveria oferecer ao comemorar a Páscoa, simbolizava a vida de uma vítima. O cordeiro pascal que seria imolado, deveria ser sem defeito. Era uma idéia de substituição evidente! Naquela trágica noite da morte dos primogênitos do Egito, os cordeiros sem defeito morreriam no lugar dos primogênitos dos Hebreus, o que nos remete a Cristo, que foi o cordeiro que nos substituiu. Eles também deveriam comer pães asmos, ou seja, sem fermento, não só por causa da associação do fermento com a corrupção, mas para lembrarem que naquela noite de livramento, não deu tempo dos pães crescerem, pois eles tiveram que fugir às presas do Egito. Também foi ordenado que usassem ervas amargas na alimentação da festa da Páscoa. O objetivo era o povo nunca esquecer o amargor do sofrimento da escravidão no Egito, e consequentemente se lembrassem do grande livramento que o Senhor lhes dera. Outro detalhe que muito me chamou a atenção, foi a descrição de como aquela festa deveria ser explicada aos pequenos: "Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas." Êxodo 12:26 e 27 Entendemos a partir desta ordenança, que as crianças do pacto, assistiam juntamente com seus pais os sacrifícios, as assembleias solenes, as festas sagradas. Eles estavam cultuando em família! E ali era a grande oportunidade de verem e aprenderem a religião de seus pais!
     No Novo Testamento não se vê mais a comemoração da Páscoa instituída na Igreja pelos Apóstolos. No lugar desta festa, foi ordenada a Ceia do Senhor, que tem o mesmo objetivo: lembrar constantemente ao povo de Deus, do livramento da morte que recebeu: " Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha." I Coríntios 11:26. Este é um momento de lembranças. De lembrarmos quem nós éramos e para onde estávamos caminhando. De lembrarmos da morte que vivia à nossa porta, do pecado que nos desgraçava, da vida amarga de escravidão que tínhamos, amarrados ao pecado. Momento de lembrarmos que um inocente teve que morrer para nos cobrir com seu sangue para que não fôssemos mortos. Que momento precioso o da Ceia, que privilégio participarmos dela! Que todas estas figuras estejam em nossas mentes na próxima vez que participarmos deste sacramento!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

                                   Números 8


     Este texto trata da consagração dos levitas. A tribo de Levi havia sido designada para o serviço a Deus, mas essa não era a única condição para ingressar no ofício sagrado. Não bastava ser levita e 'sair oficiando'. Os levitas deveriam ser separados para a obra do  tabernáculo, numa cerimônia especial, designada por Deus.
     A consagração dos levitas era muito mais simples que a dos sacerdotes. Não eram necessárias as lavagens, as unções ou as investiduras com roupa oficial. Fazia-se a purificação dos levitas oferecendo sacrifícios, barbeando-os e lavando seus vestidos.
     Os levitas ingressavam para o trabalho do tabernáculo aos vinte e cinco anos de idade e passavam os primeiros cinco, aprendendo os ofícios com os levitas mais velhos. Aos trinta eram admitidos ao pleno exercício dos seus deveres. Aos cinquenta anos os levitas já não faziam os trabalhos pesados, mas podiam continuar servindo nos deveres mais fáceis do tabernáculo.
     Tudo ordenado por Deus, da melhor forma aos seus olhos, para o bom andamento da vida espiritual do seu povo. Assim também podemos ver no Novo Testamento, quando a igreja está nascendo, a preocupação de ordenar as pessoas certas para as tarefas certas: "Então, os doze (apóstolos) convocaram a comunidade dos discípulos (os crentes) e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir à mesa. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra." Atos 6:2,3 e 4. Aqui fica claro que cada um que é separado e vocacionado por Deus para servir a igreja, é chamado com um propósito específico. É o próprio Deus quem distribui as funções como lhe apraz. É o que lemos em Efésios 4:11 e 12, "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo."
     Na nova dispensação, o serviço a Deus não é mais designado de acordo com o nascimento(na tribo de Levi), mas o próprio Deus instituiu a forma de identificar dentre o povo, aqueles que são escolhidos por Deus para exercerem ministérios na Igreja. O próprio Deus escolhe, e dá condições à igreja para que reconheçam esta escolha. Como? Através das qualificações amplamente descritas por Paulo, que o candidato ao ministério deve demonstrar anteriormente à sua eleição. E a eleição propriamente dita, no caso de presbíteros e diáconos. Primeiro a igreja reconhece nesses homens as virtudes bíblicas exigidas, depois confirma isso através do voto, como foi no texto de Atos citado acima. Veja só a continuação: "O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Felipe, Prócano, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia." (verso 5). A atitude da igreja em relação à escolha de pastores também deve ser a mesma. Homens em quem se note a vocação para o ensino, que tenha as virtudes exigidas e receba o reconhecimento da igreja para seguir, como os levitas, seus anos de preparação e estudos para ingressar no sagrado ministério.
     Deus mesmo dirige seu povo, quer na antiga ou na nova aliança. Ele se dá ao direito de escolher aqueles que serão responsáveis por dirigir seus filhos em segurança à terra prometida!