terça-feira, 31 de maio de 2011

                                   Deuteronômio 19


     Este capítulo começa repetindo a lei do homicídio não intencional, a qual explicamos quando lemos Êxodo 35. Também reafirma a severidade da lei no que se refere aos homicídios  deliberadamente tramados e seu castigo.
     A partir do verso 14, Moisés exorta o povo a não mudar os marcos antigos, a não fraudar as delimitações de terras que haviam sido feitas por seus pais. Em todo o tempo, percebe-se a grande preocupação com a justiça, com a verdade. Não poderia ser aceita, por exemplo, uma denúncia contra alguém, se não houvesse duas ou três testemunhas para o caso. Uma testemunha apenas não era suficiente para se aceitar denúncia contra alguém. E mais: quando se levantasse testemunha falsa contra alguém, e este fosse pego em sua mentira, deveria ser punido com a mesma pena que havia clamado para aquele a quem acusara. "...para que os que ficarem o ouçam, e temam, e nunca mais tornem a fazer semelhante mal no meio de ti." (verso20). Deus odeia a mentira e a injustiça! Aliás, um texto que sempre me chamou muito a atenção é o de Provérbios 6:16 a 19: "Seis coisas o Senhor aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contenda entre os irmãos." É uma lista a ser analisada e decorada por nós, para fugirmos destes pecados. Note que está sempre em voga a injustiça praticada contra o próximo. Deus mesmo é o vingador destas causas. Por isso o justo, quando difamado, deve sempre esperar no Senhor. Precisamos também ser criteriosos, e temer acusar alguém injustamente.
     O capítulo finaliza com um dos mais mal interpretados versos da Bíblia: "...vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." Mas sobre isso falaremos mais demoradamente amanhã, tendo sempre em mente que Deus é Deus Justíssimo!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

                                   Deuteronômio 18


     Já vimos nos capítulos anteriores, várias exortações ao povo para que não se misturassem aos povos que eles encontrariam nas imediações de Canaã. Aqui, especificamente, o alerta é para as práticas religiosas. Eles deveriam se guardar para que o culto prescrito por Deus, não fosse contaminado com práticas estranhas usadas por aqueles povos pagãos. O caráter abominável destas práticas é descrito como a causa da destruição destes povos: "...e por estas abominações o Senhor, teu Deus, os lança de diante de ti." (verso12). Moisés estava preparando o povo para a sua partida e para a chegada de outros profetas, através dos quais Deus comunicaria sua palavra ao povo. "Mas nenhum deles seria o mediador inicial de uma aliança e nenhum deles teria intimidade com Deus como tinha Moisés e nem receberia revelações divinas tão claras como aquelas que lhe foram dadas. Esta passagem, pois, encontra cumprimento final no profeta que é igual, ou na verdade, maior do que o profeta Moisés- Jesus Cristo. À semelhança de Moisés, Cristo foi o mediador de uma aliança entre Deus e o seu povo." (Bíblia de Genebra)
     Como vários profetas surgiriam no meio do povo de Deus dali para frente, Moisés os instrui a discernir entre o profeta verdadeiro e o falso. O primeiro aspecto que deveria ser observado está no verso 20: "Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto." Moisés ensina ao povo que se algum profeta se levantasse pregando algo diferente daquilo que fora estabelecido por Deus, pregando uma doutrina que destoasse daquilo que fora ordenado ou que levasse o povo ao erro, incitando-os a adorar outros deuses, o povo não deveria teme-lo, nem respeitá-lo. Pelo contrário, este deveria ser eliminado do meio do povo. O segundo ponto de confronto deveria ser o cumprimento da profecia dita. Se esta não se cumprisse, ficaria patente que aquele era um falso profeta.
     Da mesma forma hoje, precisamos estar com nossos olhos e ouvidos atentos. Devemos considerar como verdadeiros profetas (mensageiro, boca de Deus), apenas aqueles pastores que nos ensinam verdadeiramente a Palavra de Deus. Quando estes pregam doutrinas que divergem da Palavra estabelecida por Deus como regra de fé e prática, devem ser considerados desqualificados como "boca de Deus". Se estes, ao invés de levarem seus rebanhos para mais perto do conhecimento de Deus, os afasta da verdade, devem sim, ser considerados falsos profetas. 
     O verdadeiro profeta tem que ser testado também por sua vida íntegra e por todas aquelas qualificações que encontramos em I Timóteo 3:2 a 5 : "irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?" E além desta prova de vida santa, ele precisa dar provas de integridade teológica. Me lembro da pregação de ontem em I Timóteo 1:3 a 11, quando Paulo adverte a Igreja contra aqueles falsos profetas que ali surgiam, "...pretendendo passar por mestres da lei, não compreendendo, todavia, nem o que dizem...".
     Precisamos estar atentos nestes últimos dias. A própria Palavra nos adverte que surgiriam falsos profetas saídos do nosso meio, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Nosso crivo deve ser a Bíblia. Tudo que for dito, deve estar fundamentado nas Escrituras. Devemos ter sempre em mente as palavras do apóstolo Paulo:"...ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema." Gálatas 1:8. Não nos impressionemos com palavras bonitas, pregadores carismáticos, persuasivos, bons oradores. Não coloquemos nossos olhos na sua performance, nem no terno alinhado que veste. Ouçamos o que eles dizem, e analisemos à luz do Evangelho. Olhemos sua vida prática diária e vejamos se está de acordo com o que foi determinado por Deus. Só assim poderemos estar tranqüilos, sendo guiados por pastores comissionados pelo dono do Grande Rebanho, interessados não em receber honras, elogios, bens. Mas preocupados com a alma eterna daqueles que o Pai confiou em suas mãos. Oremos para que o Senhor levante homens assim nestes dias tão maus e corruptos! Necessitamos que Deus tenha misericórdia de nós, colocando homens santos à frente de sua Igreja!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

                                 Deuteronômio 17: 1 a 7 e 14 a 20


     Mais uma vez é ensinado ao povo o valor de  separar-se, de se manter incontaminado, distante da idolatria e das abominações dos povos ao redor. E isto era feito de forma prática. Não era um simples desejo ou um ideal utópico, mas era através de atitudes do dia a dia que a santidade de Deus seria vista entre seu povo.
     A questão da idolatria e da pena que ela desencadearia é mais uma vez exposta. Deus pretendia cortar o mal pela raíz! E continua a partir do verso 14 dando instruções para a futura escolha de um Rei. Deus sabia que uma autoridade que o amasse e temesse, levaria o povo ao mesmo caminho. O contrário também era verdade! Foi estabelecido que o Rei a ser escolhido deveria ser um dentre eles, do meio do próprio povo. Deveria ser um homem escolhido pelo próprio Deus, que não tivesse seu coração posto nas riquezas, nem nas mulheres, para que seu coração não se desviasse. E o mais importante: ele deveria fazer uma transcrição do livro da Lei para si: "E o terá consigo e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor, seu Deus, a fim de guardar todas as palavras desta lei e estes estatutos, para os cumprir." (verso 19). O líder maior do povo deveria estar submisso ao Senhor e a sua lei. Isto os protegeria, os preservaria.
     Da mesma maneira devemos nós nos afastar da idolatria e da podridão do mundo através da santificação. Nos manter longe da idolatria e dos idólatras e mais perto da Palavra de Deus é a única forma de permanecermos de pé. Ainda ontem conversávamos sobre isso aqui em casa, durante o culto doméstico. O mundo anda a passos largos para o fim. O pecado se multiplica, chamam de certo o que é errado, e de bom o que é mau. Por todos os lados nos cercam filosofias mundanas, conceitos pagãos, costumes antibíblicos, imoralidade, corrupção, mentira, falta de afeição natural, maldade. Como sairemos ilesos? Como continuaremos propagando a semente santa do Evangelho? Como preservaremos nossos filhos e netos? Como permaneceremos santos em meio a tanto pecado? Esta indagação também estava na mente do salmista quando ele escreveu: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?" e a resposta é a mesma instrução que foi dada para aquele futuro rei de Israel: "observando-o segundo a tua palavra." (Salmos 119:9). O mandamento contido neste verso, nos incita a observar cada caminho nosso, cada pensamento, cada palavra, cada olhar, cada atitude pelos padrões da santa palavra de Deus! Esta é a única forma de ficarmos firmes. Como diz a seqüência de Deuteronômio 17:19 "terá o livro da lei consigo...lerá...para que aprenda...a fim de guardar e para os cumprir". Esta é a nossa única esperança. Precisamos usar os meios de graça que o Senhor disponibilizou para nosso abastecimento e fortalecimento: nossa devocional diária, o culto doméstico, leitura de bons livros, o culto e a pregação pura da Palavra, a comunhão com os santos. Só assim, e contando sempre com a graça de Cristo, poderemos permanecer fiéis. 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

                                   Deuteronômio 16:18 a 22 e 17:8 a 13


     O  Senhor queria que a justiça reinasse entre seu povo. Para isto, convocou o povo a constituir sobre si juízes e oficiais, para que julgassem suas causas. A advertência é para que estes fossem retos em seus juízos, que não aceitassem suborno e não fizessem acepção de pessoas. Os magistrados deveriam ser representantes de Deus na sociedade. Assim como o marido representa a autoridade de Deus na vida da mulher, o pai na vida dos filhos, o pastor na igreja, assim os juízes e os sacerdotes também representavam a liderança do próprio Deus sobre seu povo. Estes eram seus representantes, para conduzir o povo em caminhos retos.
     Era exigido destas autoridades que procurassem exercer suas funções debaixo de um atributo muito forte de Deus: a sua justiça. E estes homens deveriam ser reconhecidos pelo povo como autoridade vinda de Deus. Aqueles que não ouvissem e cumprissem a sentença estabelecida pelo sacerdote ou pelo juiz deveria ser morto (verso12). O objetivo era que o povo não se ensoberbecesse, achando que seu julgamento, que sua opinião, que seu julgamento sobre esta ou aquela questão, era melhor do que o juízo daquelas pessoas instituídas por Deus para aquela função.
     Precisamos lançar sempre a luz da Palavra de Deus sobre nosso senso de justiça. Precisamos pedir a Deus que nos dê este seu atributo, não deixando que sejamos tendenciosos, mas que sempre  estejamos do lado daquilo que for reto, puro e justo aos olhos de Deus. Deus odeia a injustiça! Precisamos também aprender a reconhecer a autoridade das pessoas que Deus colocou sobre nós e não nos rebelarmos contra elas, sabendo que por traz destas, está a autoridade e o juízo de Deus! 

terça-feira, 24 de maio de 2011

                                   Deuteronômio 16: 1 a 17


     Temos aqui a repetição da descrição das principais festas que deveriam ser observadas pelos hebreus. Estas festas eram, sobretudo um memorial. Um momento de relembrar o que Deus havia feito por seu povo. Era uma maneira de guardar viva na memória os poderosos feitos de Deus em benefício deles. também era uma oportunidade de sacrificar, ofertar ao Senhor, num momento de profunda gratidão!
     Hoje também somos convocados por Deus a recordar seus feitos por nós e a ofertar as primícias do que, dele mesmo, temos recebidos.Não mais comemoramos a páscoa matando um animal, ou comendo pães asmos (sem fermento), mas celebramos a santa ceia que é um memorial da nossa redenção: "Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim... Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha." I Coríntios 11:24 e 26 
     Deus nos convoca, tanto no novo quanto no antigo testamento, a nos lembrarmos das coisas que ele fez por nós. No verso 3 do texto de hoje, ele instrui claramente o povo: "...para que te lembres, todos os dias da tua vida, do dia em que saíste da terra do Egito." A lembrança da escravidão e dos tormentos passados no Egito deveriam estar sempre presentes na memória do povo. Não pelo sofrimento que eles passaram apenas, mas principalmente para que se lembrassem todos os dias que a mão forte do Senhor os livrara daquele cativeiro. Isto deveria servir também de esperança em outros momentos difíceis pelos quais eles deveriam passar. Olhar para traz e ver o livramento de Deus em nossa vida, sempre alimenta nossa fé e nos faz descansar naquele que já fez tanto por nós, e que certamente continuará fazendo!
     

segunda-feira, 23 de maio de 2011

                           Deuteronômio 15


     Que belo texto temos aqui! O Senhor ensina seu povo o motivo pelo qual Ele mesmo concede riquezas. O Senhor ensina a seu povo a não viver em função do que possuem, mas usar o que possuem para acudir ao necessitado. O objetivo era que não houvessem necessitados entre o povo. Não que não houvesse pobreza, esta sempre existiu e sempre existirá, mas havia o imperativo de que os mais abastados acudissem os mais pobres e assim não houvesse quem padecesse fome!
     O Senhor exorta ao povo a que abra seu coração e não considerem o dinheiro e os bens que possuem como algo seu, para seu uso e uso exclusivo de sua família. Deus está ensinando ao povo a ver os bens como algo dado por Deus, justamente para suprir suas próprias necessidades e a dos outros. Os bens não são um fim em si mesmo, mas um instrumento de Deus para abençoar, não só aquele que recebe, mas também aquele que ajuda, demonstrando assim seu amor ao próximo e sua obediência a Deus. Realmente não sei quem é mais abençoado, se o que recebe ou se aquele que vence o egoísmo e dá!
      Em vários momentos o capítulo adverte o povo para que tenha um coração generoso: "Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o SENHOR teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre..." e também: "Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o SENHOR teu Deus em toda a tua obra, e em tudo o que puseres a tua mão." 
     É impressionante vermos como Deus, que é tão grandioso, tão poderoso, o grande Rei de toda a terra, se preocupa com os mais pobres, com o direito do órfão e da viúva, com os estrangeiros... Deus é justo e faz questão de ensinar seu povo a ser assim também! Que o Senhor nos ajude a olhar o próximo com seus ternos olhares de misericórdia, e nos ensine que tudo aquilo que ele nos deu tem apenas um objetivo: Glorificá-lo! 

quinta-feira, 19 de maio de 2011

                           Deuteronômio 14


     Temos aqui a repetição das ordenanças quanto a dieta do povo. Que tipos de animais eram considerados limpos e quais eram imundos, e portanto não deveriam comidos.
     A seguir o texto relata a forma que o povo deveria tratar os dízimos, assunto também exposto e explicado em Levíticos 27:30 a 34. Gostaria apenas de ressaltar o comentário da Bíblia de Genebra no que diz respeito a comer as ofertas perante o Senhor: "Os dízimos deveriam ser levados ao santuário, onde os adoradores deviam comer uma porção em feliz comunhão com os sacerdotes, com os levitas e com os pobres. Longe de ser uma exigência pesada, a entrega dos dízimos seria uma ocasião de alegre celebração e adoração." O texto também cita, além dos levitas e sacerdotes, que eram desprovidos de herança, o estrangeiro, o órfão e a viúva, numa clara demonstração que o Senhor se preocupa com os menores, com os excluídos da sociedade. E mais, passa a seus filhos a responsabilidade de ampará-los!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

                            Deuteronômio 13


     Que texto chocante! O Senhor demonstra de forma explícita o terrível juízo que deveria ser lançado sobre a pessoa que tentasse desviar um sequer do povo. Não importando que este traidor, que estava tentando levar o povo a servir outros deuses e a viver de forma ímpia, fosse irmão, irmã, filha, a mulher amada ou o melhor amigo. Se estes incitassem (estimulassem, provocassem,levassem a) ao erro, a sentença era uma só: entregá-los à morte! "Os laços mais chegados de parentesco na terra não dissolviam a obrigação da pessoa de permanecer fiel ao verdadeiro e único Deus". (Bíblia de Genebra) Não pode existir amor nem fidelidade maior que ao Deus verdadeiro! Por mais duro que pudesse ser, a pessoa que tomasse conhecimento da apostasia, e fosse incitado pelo apóstata, tinha a obrigação de denunciá-lo, para não ser condenada com ele, "para que o Senhor se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti..." (verso 17)
     O profeta que se dizia profeta deveria estar em todo o tempo sendo testado pela teologia que pregava. Se em algum momento ele levasse o povo a uma religião falsa, e a adoração a outros deuses, tanto o profeta quanto aquele que se perverteu deveriam ser eliminados do povo. A situação de apostasia é muito grave. O sinônino de apostatar já revela a gravidade do pecado: apostatar- Abandonar, abjurar (renunciar publicamente a uma religião, a uma opinião, a um sentimento) a religião, a doutrina que professava.
Deixar o partido, renunciar aos princípios em que acreditava; desertar (dicionário online de portugues). 
     Da mesma forma que deveria ser denunciado e morto, o parente ou o mais proeminente profeta, assim também a cidade que apostatasse deveria ser alvo de apurada investigação. Se ao final da investigação fosse concluído que a cidade abandonou ao Senhor, ela deveria ser de todo queimada. Nem os despojos (tudo o que se toma ao inimigo) deveria ser aproveitado. Tudo deveria ser queimado na praça, por oferta total ao Senhor. Quanta seriedade a Palavra de Deus demonstra. Será que temos levado o Reino de Deus, seus mandamentos e sua Lei tão a sério quanto nos é exigido, ou temos vivido de forma relaxada e displicente, fingindo que Deus não pedirá contas de nossos atos? Que este texto seja um alerta para nós, não apenas para não sermos coniventes com o erro, mas também para não ser achados em erro!

terça-feira, 17 de maio de 2011

                            Deuteronômio 12:15 a 32


     Vemos aqui algumas recomendações sobre o que e como o povo deveria comer, sobre o auxílio que deveriam sempre prestar aos levitas, não desamparando-os, mas vemos especialmente a recomendação do Senhor para que o povo se abstivesse das práticas idólatras dos povos daquela região, que seriam destruídos.
     A advertência do Senhor era para que os hebreus não IMITASSEM aquelas nações que haviam sido destruídas. Sim, elas foram destruídas, mas sua ideologia ainda poderia contaminar! Tamanha é a força e o poder das idéias, que mesmo depois de destruídas aquelas nações, o Senhor adverte ao povo a não se encantar com suas filosofias de vida, e seus cultos, suas práticas religiosas e seus deuses. 
     Este é um alerta para nós que vivemos em meio a uma geração corrupta e perversa. Eles não foram destruídos. Estão ao nosso lado, convivendo conosco, enchendo nossos ouvidos e nossas mentes diariamente com seus conceitos mundanos e suas ideologias egoístas e pecaminosas! Que tremenda luta temos nós, tendo que conviver diariamente com um bombardeio tão grande de conceitos e opiniões e filosofias que desafiam abertamente e inescrupulosamente a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Por isso a pregação de Romanos 12:1 e 2 que ouvimos domingo destes, torna-se tão necessária! Precisamos não nos amoldar a este século, não pensar como eles pensam, não agir como eles, não desejar o que eles desejam. Ao contrário, através da Palavra de Deus, precisamos nos transformar, transformar nossos conceitos todos os dias através da renovação da nossa mente. Só assim experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

                           Deuteronômio 12: 1 a 14


     Neste trecho é dito ao povo que se 'livrasse' de tudo que fosse resquícios ou lembranças da idolatria, dos cultos daqueles povos aos seus deuses. Eles deveriam quebrar, queimar, lançar fora, para que não aprendessem seus costumes. Pelo contrário, era exigido do povo que se santificasse e oferecesse a Deus apenas aquilo que ele mesmo havia determinado para seu culto.No verso 7 ele diz que naquele lugar de culto, eles comeriam aqueles sacrifícios que eram compartilhados entre os sacerdotes e os ofertantes e que eles deveriam se alegrar! A adoração do povo de Deus era santa, pura, reverente, mas isto não quer dizer que era algo tristonho. Não! Aquele deveria ser um momento de profundo regozijo. "A adoração a um Deus santo envolvia o arrependimento e a purificação, mas o coração redimido ficava cheio de de alegria e louvou."(Bíblia de genebra). 
     E assim é o nosso culto. Embora reverente, profundamente alegre! Embora humilhados e arrependidos por nossos pecados, exultantes! Esta é a alegria provocada pelo Espírito Santo de Deus, quando somos convencidos de nossos pecados. Me lembro do texto de II Coríntios 7:9 e 10 que diz assim: "...agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte." Este é o motivo de nosso coração estar jubiloso durante os cultos que prestamos. Não porque estamos 'bem' naquele dia, ou porque estamos animados e de bom humor. Nos alegramos apesar das lutas, porque fomos reconciliados com Deus, porque recebemos a graça do arrependimento e a dádiva do perdão. Nunca nos esqueçamos destas bênçãos quando nos achegarmos a Deus para prestar-lhe culto!

terça-feira, 10 de maio de 2011

                                   Deuteronômio 11:8 a 32


     "Tende, pois, cuidado em cumprir todos os estatutos e os juízos que eu, hoje, vos prescrevo." (verso 32). O restante deste capítulo nos mostra os beneficios da obediência em contraposição a maldição proveniente do abandono das leis de Deus.
     Devemos ter em mente o contraste que  Deus queria mostrar a seus filhos. No egito viviam escravos, no deserto passaram aflições e provações, mas estavam a caminho da terra prometida, uma terra em que tudo lhes iria bem, prosperaria! Apenas era exigido do povo que fossem obedientes a lei de Deus.
     Assim também estamos nós. Éramos escravos no Egito. Hoje somos peregrinos pelos desertos desta vida, mas nosso coração se enche de gozo ao lembrarmos das maravilhosas promessas que nos aguardam na Canaã celestial. Vivemos uma vida aqui de amor a Deus e obediência, e já experimentamos um pouco do que será o porvir prometido nas Escrituras. Esta é certeza nos enche esperança!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

                            Deuteronômio 11:1 a 7


     Quando o texto fala dos "filhos que não conheceram, nem viram a disciplina do Senhor, vosso Deus", provavelmente está se referindo aos filhos que ainda haveriam de nascer. Deus estava preocupado, às portas de canaã, em que seus maravilhosos feitos, e sua rigorosa disciplina fossem contada aos que ainda nasceriam.
     Ele passa esta responsabilidade aos pais, "...porquanto os vossos olhos são os que viram todas as grandes obras que o Senhor fez"(verso 7). Os pais haviam testemunhado os grandes feitos operados desde a saída do Egito, e precisavam ser os porta vozes de Deus. Esta é a maior missão de um pai. Esta missão não consiste em evangelizar o mundo todo, em ser pastor de uma grande igreja, em influenciar muitos jovens. Um pai precisa fazer com que Deus seja conhecido dentro de sua própria casa. Este é o campo missionário mais rico e profícuo(útil, vantajoso) que um homem pode almejar! Se tudo, absolutamente tudo que um homem fizer for bem sucedido, e ele perder a alma eterna de seus filhos, nada terá valido à pena.
     Hoje vemos muitos casais que delegam à Igreja, à professora de Escola dominical ou ao pastor a responsabilidade de tornar Deus conhecido na vida de seus filhos. Não apenas neste texto, mas em tantos outros, como já estudamos em Deuteronômio 6, A Palavra de Deus deixa claro que esta responsabilidade e privilégio pertencem a família. E que privilégio! Poder contar as maravilhas de Deus a nossos filhos, exortá-los, admoestá-los, instar com eles para que amem e sigam ao Senhor é a maior, mais árdua e mais gratificante tarefa que Deus poderia dar aos pais.
     Que cada um de nós não nos cansemos de anunciar as grandezas de Deus, mesmo àqueles filhos que já saíram de casa. E aos que ainda não são pais, que o Senhor os prepare para esta incrível e bela responsabilidade de conduzir um pecador aos pés de Cristo, desde a mais tnra idade!        

quinta-feira, 5 de maio de 2011

                            Ainda sobre Deuteronômio 10- de novo!

     Jesus fez um duríssimo discurso em mateus 23 contra os homens que se dizem religiosos, mas andam distantes dos preceitos mais importantes da Lei: " Ai de vós, escribas e fariseis, hipócritas, porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações; por isso, sofrereis juízo muito mais severo!...Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hotelã, do endro, e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importante da Lei: a jusiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas! Guias cegos, que coais os mosquito e engolis o camelo!...porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina(Ato de roubar arrebatando, de tomar, de pegar com violência) e de intemperança(falta de moderação, não ter controle sobre seus atos e ações)!  Fariseu cego, limpa primeiro o interor do copo, para que também o seu exterior fique limpo! Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados (sepulcros que eram caiados, pintados com cal por fora para que ficassem apresentáveis), que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos  de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade." Que arrogância achar que o Deus  que tudo vê se contenta com nossas 'justiças' externas, com a nossa aparência de piedade! Ele sonda o que
há de mais profundo em nosso coração, as nossas intenções mais escondidas...
     A Bíblia nos desafia a vivermos o Evangelho de forma autêntica. E a Palavra de Deus está repleta destas chamadas a adequarmos a nossa vida exterior e interior ao escrutíneo (exame) da vontade de Deus! Jesus mesmo nos advetiu que o adultério era sim pecado, mas não apenas  aquelas atitudes vergonhosas que poderiam ser testificadas por qualquer pessoa! O olhar uma mulher com intenção impura também se constitui adultério!
    Cada um de nós deve olhar de forma crítica para dentro de si e perguntar se tem de fato amado a Deus de todo o coração e seguido seus mandamentos não só de forma visível aos homens, mas principalmente dentro de nós, em nossos sentimentos, pensamentos mais secretos, naquele momento em que sabemos que ninguém está nos vendo... Que nossos olhos sejam abertos para a grande verdade que o Salmo 139 nos ensina: "...de longe penetras os meus pensamentos ...Ainda a palavra não me chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda." (versos 2 e 4).
     Precisamos nos lembrar sempre diante de QUEM estamos, e tentar moldar nossa vida à sua Palavra. Vida religiosa e vida cotidiana não se separam, andam juntas, são a mesma coisa! Será isso que Jesus dirá aos hipócritas no último dia: " Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi  explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade." Mateus 7:21 a 23. Fica claro que estes homens citados acima, dizem que faziam e aconteciam, mas sabe-se lá se faziam mesmo, ou se faziam, em nome de quem faziam tais atos religiosos. De uma coisa o texto nos dá certeza: não era em nome de Cristo, afinal o próprio Jesus declara não conhecê-los. Eles viviam na iniqüidade, embora tentassem demonstrar uma vida nos preceitos da religião. Não adianta o homem tentar enganar a Deus. Ele engana outro homem, que se impressiona com o exterior e com a aparência, mas Deus sonda o coração. Que esta pergunta esteja gritando em nossa mente em todo o tempo: "O que Deus pensa sobre o que eu tenho pensado, sentido e feito? O que ELE pensa a meu respeito?" Isto é a única coisa que importa. A opinião DELE a nosso respeito é a única que vale! 
  

quarta-feira, 4 de maio de 2011

                             Ainda sobre Deuteronômio 10
  
     No verso 16 nos é dado um precioso ensinamento: " circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz." Quer ver como é revelador o significado da palavra 'cerviz'? A nuca. Parte posterior do torax humano. - As costas - "Não dobrar a cerviz"= não se submeter, não se humilhar, não se curvar diante de alguém ou de alguma coisa.  (Dicionário inFormal). Moisés mais uma vez adverte ao povo para que se dobrem, se curvem às Leis de Deus. Neste verso também é dada uma exortação a que o povo circuncide o coração. O que seria isso? Foi dada a ordem para que todo menino fosse circuncidado ao oitavo dia. Esta era uma demonstração externa do pacto que Deus havia feito com seu povo. Mas o Antigo Testamento, como alguns pensam, não ensina meramente uma religião de formalidades externas. A circuncisão era um símbolo, um sinal externo de uma graça interior. Mas a circuncisão poderia tranquilamente ser feita por pessoas que estivessem com seu coração distante de Deus. Elas mostrariam algo que na verdade não eram. E este é o ponto chave!
     O ser hunamo é expert em fazer isto: manifestar rituais externos, mantendo seu coração e seus afetos bem distantes de Deus... em outros textos nos são feitas as mesmas advertências. Veja o conhecido texto de Isaías como é claro: "De que me serve a mim a multidão dos vossos sacrifícios? _ diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante a mim, quem vos requereu o só pisardes nos meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis a mão, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue." (Isaías 1 :11 a 16). O próprio Deus havia instituído todas estas festas e cultos descritos aqui, assim como instituiu a circuncisão. O desagrado dele não está no cumprimento destas ordenanças, mas estes sacrifícios não tinham valor algum sem a obediência de todo o coração. Eles cumpriam toda a religião, observavam os sacrifícios e os dias santos à risca, mas davam largas aos pecados que inundavam seu interior. E o texto termina dizendo: " Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas." Esta é a forma de mostrarmos nosso amor por nosso Senhor! Tendo corações puros e atitudes que demonstrem nossa religião! Devemos sim, cumprir todas as ordenanças externas que ainda nos são requeridas, porque são sinais da graça interna, mas nosso coração deve estar cativo, achegado, amando ao nosso Deus!
     

terça-feira, 3 de maio de 2011

                           Deuteronômio 10


     Ainda relembrando os feitos de Deus por seu povo, Moisés mais uma vez os convoca à obediência! Ele começa a exortação com a pergunta do verso 12 : "...que é que o Senhor requer de ti?" E a resposta é incrivelmente simples, e ao mesmo tempo abrangente: "que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma..."
     Precisamos amá-lo de todo o nosso coração, e para isso precisamos nos lembrar que amor e obediência caminham juntos. O mundo nos diz outra coisa. O mundo prega que o amor é acompanhado de arroubos, êxtases, atitudes impensadas, loucuras. Em nome desse 'amor', as pessoas pisam em outras, abandonam suas famílias, seus filhos, os jovens fogem de casa, se colocam contra os pais. Em nome desse 'amor' que o mundo prega, se faz loucuras, até se mata! Mas não é deste sentimento destrutivo e corrosivo que a Bíblia fala. Quando a Palavra de Deus fala em amor, ela está falando em fazer o melhor para o outro, não para mim mesmo. Ela está falando em renúncia ao meu bem estar, pensando no bem estar do outro. Ela está falando em dar, não em receber; em agradar, não em ser agradado; em sofrer, não em provocar dor no outro. Vocês se lembram do Paulo diz sobre o amor em I Coríntios 13? " O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana (não se gaba, se gloria), não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera (não se irrita, não se enfurece), não se ressente do mal (não concentram sua atenção  sobre os erros que as pessoas cometem contra si, mas no amor que sentem por estas!);...tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (versos 4 a 8). Esta descrição se parece de alguma forma com aquilo que o mundo diz ser amor?? Absolutamente não!
     E quando falamos em amor a Deus, a coisa é ainda mais séria. O amor a Deus exige de nós atitudes ainda mais práticas do que estas descritas por Paulo. O amor a Deus se resume à obediência total e irrestrita às Sagradas Escrituras, que expressam Sua vontade para seus filhos. Não é exatamente isto que aprendemos quando estudamos aquele versículo de João 14: 21?  "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama...". Esta é a única forma de mostrarmos ao mundo que amamos nosso Senhor: obedecendo! E este foi o grande apelo que Moisés fez ao povo neste capítulo. Amanhã veremos outras exortações no mesmo texto, mas todas elas procedem desta primeira: Amar ao Senhor de todo coração, de toda alma, com todas as nossas forças!