terça-feira, 30 de novembro de 2010

                                           Levíticos 10


     Qual foi a natureza do pecado de Nadabe e Abiú, sacerdotes, filhos de Arão? Por que tanta severidade no castigo? Estas são perguntas que sempre surgem quando se lê este texto inadvertidamente!
     O fogo do altar havia sido enviado por Deus (Números 16:46), e os sacerdotes só poderiam acender seus incensários com este fogo. Nadabe e Abiú usaram fogo comum. Há também a possibilidade de ter acontecido alguma rixa entre eles, já que os dois ofereceram incenso ao mesmo tempo, quando o certo seria um por vez.     Eles acharam que poderiam agir conforme bem lhes parecesse , mostrando assim sua presunção e irreverência. Prestaram culto a Deus de uma forma não autorizada por ele.
     O castigo severo nos lembra o castigo de Ananias e Safira que serviram, ambos, para mostrar ao povo de Deus, em duas situações inaugurais, a do antigo pacto com a nova nação e a Igreja primitiva, que Deus é santo e que o homem não pode fazer a sua própria vontade e continuar a agradar-lhe. Tiramos deste texto algumas lições muito práticas:
     a) Os atos de um líder envolve todo o povo, pois este é seu representante, daí a correção precisa ser exemplar( I Timóteo 5:20).
     b) É preciso que os ministros tenham reverência e respeito ao culto, e cumpram o que foi estabelecido por Deus, sem achar que suas próprias ideias seriam melhores.
    c) A atitude de Arão, requerida por Deus ante a morte de seus dois filhos também nos chama atenção:  "Não desgrenheis os cabelos, nem rasgueis as vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande ira sobre a congregação..." vs.6 . O dever sagrado está acima das relações humanas mais íntimas, como a de pai e filho! Arão teve que deixar de lado todo sinal de luto para demonstrar sua lealdade a Deus.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

                                         Levíticos 8 e 9


       A consagração dos sacerdotes é mais uma vez uma demonstração clara da distância que existe entre a santidade de Deus, e sua criaturas caídas. Todo o ritual, todo o processo visava deixar esta verdade bem clara! Ele estava com seu povo, mas nem por isso deveria ser tratado como um igual. O pecado impede o homem de se achegar a Deus, por isso Arão e seus filhos, como mediadores (intermediários entre o povo pecador e seu Deus santíssimo), deveriam estar devidamente limpos, ataviados e com seus próprios pecados expiados, para assumirem seus deveres sacerdotais. A cerimônia tinha cinco etapas:
      1ª. A lavagem dos sacerdotes: banho completo que simbolizava a necessidade de purificação para se aproximar de Deus e servi-lo. 
      2ª. Vestir os sacerdotes com as vestes sagradas: Arão sendo sumo sacerdote, se vestiu primeiro com uma veste exuberante, para mostrar a dignidade do seu ofício e inspirar respeito. Depois se vestiram seus filhos com vestes brancas que simbolizavam "as justiças dos santos" (Apocalipse 19:8).
      3ª. Unção dos sacerdotes: simbolizava a unção do Espírito Santo.
      4ª. Sacrifícios para a consagração:
 a) oferta pelo pecado, para dar ao sacerdote consciência de sua indignidade, e fazer uma confissão pública e solene de seus pecados.
 b) o carneiro denotava que o sacerdote se consagrava por inteiro ao serviço sagrado.
 c) a oferta de paz, o carneiro das consagrações, demonstrava a gratidão que sentiam por entrar no serviço a Deus.
      5ª. A festa do sacrifício: durante esta festa, os sacerdotes ficaram por sete dias à porta da tenda da Congregação e todos os rituais eram repetidos, numa demonstração ao povo de quão santo era seu Deus. Esta festa encerrou a cerimônia e tinha três significados: que os sacerdotes estavam em comunhão íntima com Deus, que era Deus mesmo que lhes dava forças para cumprirem os deveres de seus ofícios(pois comiam do seu altar) e que estavam gratos por serem colocados num serviço tão santo.
     Ao final, nos versos 23 e 24, vemos que a manifestação de Deus aprovou os sacrifícios oferecidos , e o fogo que consumiu o holocausto mostrou a aceitação do sacerdócio de Arão perante Deus.  

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

                               Levíticos 7


     O livro de Levíticos, com todo o seu simbolismo, nos prepara para entender as grandes verdades contidas no Novo Testamento. Ele mostra a gravidade e seriedade do pecado e o trabalho minucioso que dava para cumprir todo o cerimonial requerido a fim de que os pecados fossem devidamente expiado. Esta era uma preparação para a grande redenção que haveria de vir!
     Mais uma vez, aqui no capítulo 7 é feita uma preparação para o sacrifício vicário de Cristo. Os versos 15 e 16 fazem um paralelo com o texto de João 6:54 a 57 que diz: " Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá." É Cristo oferecendo-se em sacrifício vivo a Deus, com sua própria carne e sangue, definitivamente!
      Lembremo-nos disso da próxima vez que tomarmos a Santa Ceia! Aliás foi para isso mesmo que ela foi instituída. A Bíblia de Genebra contribui dizendo que: "...os servos de Cristo participam do pão e do vinho, para comemorar a morte de Cristo e celebrar o novo relacionamento segundo a aliança que eles desfrutam com Deus... os Reformadores insistiram no fato de, na Mesa da Comunhão, darmos graças a Cristo pela obra da expiação ACABADA e ACEITA...Esse serviço de culto(a Ceia), no qual os cristãos recordam os sofrimentos que Cristo suportou por eles, é uma marca distintiva da religião cristã por todo mundo." 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

                                         Levíticos 6:8 a 30


     Nos versos 9 e 13 a Bíblia nos conta que o fogo do holocausto não deveria ser apagado: "...o holocausto ficará na lareira do altar toda a noite até pela manhã, e nela se manterá acesso o fogo do altar." e "O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará." Estas são referências claras a permanência de Deus no meio do seu povo. E mais: o povo necessitava de uma expiação contínua!
     Como sempre havia pecado do povo contra Deus, sempre deveria haver a chama na lareira. Aquele era um rito que apontava para Cristo, que de uma vez por todas seria oferecido como sacrifício perfeito, que de uma vez por todas perdoaria os pecados do seu povo. Os crentes do Antigo Testamento eram perdoados não pelo sacrifício de animais, mas por aquilo que ele significava. Ele prefigurava o sacrifício definitivo. Aqueles crentes foram salvos pela promessa do que haveria de vir, pela certeza de que o Cordeiro sem mácula faria o sacrifício cabal. O crente era considerado justo pela fé na promessa DAQUELE que haveria de vir, e não pelo sacrifício em si, como nos ensina Hebreus: "...porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados..." Hebreus 10:4
     Agora, ao invés de termos o fogo para o sacrifício sempre acesso, e um sacerdote para nos representar diante de Deus, vejamos mais uma vez o que nos ensina o Novo Testamento: "Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus...porque por uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados." Hebreus 10:11 a 14
     Henry Halley diz: "Os sacrifícios incessantes de animais e a chama incessante do fogo no altar, foram sem dúvida propostos por Deus para gravar na consciência dos homens a convicção de sua própria pecaminosidade e para ser um quadro perdurável do sacrifício vindouro de Cristo, para quem apontavam e em quem foram cumpridos."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

                              Levíticos 6:1 a 7


     Nos primeiros 7 versículos fica claro para nós a importância que Deus dá não só aos pecados cometidos contra ele. Evidencia-se também a seriedade com os pecados cometidos contra o nosso próximo. Qualquer que fosse o prejuízo dado ao próximo, o valor deveria ser ressarcido e acrescentada a quinta parte, mais a oferta de um sacrifício a Deus. O que nos remete diretamente ao Novo Testamento, onde Jesus ensina que: "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então voltando, faze a tua oferta."
     Este ensino deixa claro para nós que nosso relacionamento com nosso próximo( pai, mãe, irmãos de sangue e amigos) está diretamente ligado ao nosso relacionamento com Deus. O contrário também é verdade. Não podemos dizer que estamos em comunhão com Deus, se não conseguimos nos relacionar bem com nosso semelhante: "Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, a parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão." I João 4:20 e 21. Então, dizer que está muito bem com Deus e viver em inimizade, em brigas e disputas constantes, sem dar preferência, honra e respeito ao nosso irmão, é MENTIRA!! E não pensemos que o nosso próximo é o nosso irmão da igreja, aquele colega da escola ou o nosso vizinho somente. O nosso próximo é aquele que está conosco todos os dias, o dia todo. O meu próximo é o meu marido, são meus filhos, meus pais, meus irmão de sangue, sim aquele(a) chato(a) é o seu próximo!! Se negligenciarmos o amor, o perdão, o bom convívio a estes,  lhe negamos o amor. E se lhe negamos o amor, dizemos em alto e bom som que não amamos a Deus.
     Que estes textos nos façam refletir, para que nunca achemos que a vida com Deus se resume ao momento de nossa devocional, ao culto doméstico ou mesmo ao culto solene. Que tenhamos a consciência que nossa vida com Deus deve extrapolar estes limites e se estender a TODAS as áreas da nossa vida. Doutrina e prática não andam separadas, andam juntas, porque "assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta." Tiago 2:17     

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

                                     Levíticos 5


     Nos primeiros 13 versículos, o texto nos fala a cerca de 3 tipos de pecados: se omitir de testemunhar num tribunal a favor de um inocente; ter contato com coisas imundas; e pecar por fazer juramentos precipitados.
     Nos versos seguintes, eles são advertidos quanto a seriedade que se deveria dar às coisas sagradas, como ao dízimo e  e às propriedades dedicadas a Deus. No que eles "roubassem" a Deus, eles deveriam restituir por inteiro e ainda acrescentar um quinto do valor.
     Notem que no verso 17 o texto nos ensina que ainda que o ofensor não soubesse, ou não tivesse certeza de que o ato que cometera era realmente um pecado contra Deus, este deveria trazer a oferta pela culpa. O que nos leva ao Salmo 19:12 que diz: "Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas." O salmista conhecia o próprio coração e sabia que pecava consciente e inconscientemente contra seu Deus. E certamente pedia perdão pelos dois tipos de faltas, porque sabia que o simples desconhecimento da lei não o tornava desculpável aos olhos de Deus. Aliás, nem aos olhos dos homens. Se você cometer um crime previsto em lei e disser ao juiz que não sabia que tal ato era crime, isto não o tornará inocente, e não tirará a sua culpa pelo ato. Você terá que pagar pelo crime, mesmo sendo ignorante quanto a ele!
     Temos orado a Deus diariamente pedindo que perdoe os pecados que SABEMOS que temos cometido? Temos nos lembrado de pedir a ele que nos perdoe também por aqueles pecados que desconhecemos ser pecado, mas que nem por isso deixam de ferir sua santidade e de fazer separação entre nós e o nosso Deus? Que esta seja uma prática na nossa vida devocional!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010



                         

Manifesto pró-Mackenzie


Universidade Mackenzie: Em defesa da liberdade de expressão religiosa
mackenzie1A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
Para ampla divulgação.
                                               Levíticos 4


     Aqui vemos Moisés instruindo o povo acerca das ofertas pelo pecado. A Bíblia de Genebra faz o seguinte comentário: " O pecado e a impureza tornam uma pessoa incapaz de estar na presença de Deus e poluem o santuário, impossibilitando habitação de Deus ali. A oferta pelo pecado tem por função tratar deste aspecto do pecado, purificando tanto o pecador quanto o santuário. A característica diferenciadora das ofertas pelo pecado é o uso do sangue do sacrifício." Como o pecado é sério! Como deveria ser levado a sério por nós!
     Esta oferta destinava-se a expiar os pecados cometidos por ignorância ou erro. Embora Deus considere todo pecado severamente, havia graus diferentes de sacrifícios, dependendo do ofertante. Isto variava de acordo com a luz e a responsabilidade de cada um. Isto é um grande ensinamento para nós! Lembram da pregação de domingo passado? "Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites...aquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão." Lucas 12:47 e 48. Também nos é ensinado por Paulo que quando um presbítero peca, e isto é conhecido pelo povo, este deve ser exemplarmente disciplinado, dado a seriedade da função exercida: " Quanto aos (presbíteros) que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam." I Timóteo 5:20. Portanto devemos nos lembrar como é bom conhecer a lei de Deus, mas tendo a consciência da responsabilidade que adquirimos diante DELE!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

                                       Levíticos 3


     Este capítulo fala sobre os sacrifícios pacíficos, que eram chamados também de "oferta da comunhão", "da aliança".  O termo hebraico está ligado à palavra shalon, que quer dizer "paz". Este era um sacrifício voluntário e podia ser feito com qualquer animal limpo, excluindo aves.
     Havia três tipos de sacrifício pacífico. O primeiro era de ações de graças por alguma bênção recebida, o segundo para cumprir um voto feito e o terceiro era uma oferta voluntária para demonstrar amor a Deus.
     O sacrifício era feito entregando a melhor e mais saborosa parte da carne ao Senhor e o restante era comido ali mesmo em um banquete onde o ofertante convidava especialmente os levitas, os pobres, os órfãos e as viúvas. Era uma refeição de amor e comunhão, uma celebração entre Deus e os homens! Na verdade quem oferecia o banquete era o próprio Deus, que permitia que a carne que lhe era ofertada fosse comida pelo ofertante e seus convidados.
     Este sacrifício pacífico nos transporta a Cristo, que desfez a inimizade entre Deus e o homem: "Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo,um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade." Efésios 2:14,15 e 16

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

                                  Levíticos 2


     As ofertas de manjares significava a consagração ao Senhor do trabalho braçal de um homem. Com esta oferta,reconhecia-se que Deus era quem supria as necessidades do seu povo. Aprendemos neste trecho que a oferta oferecida ao Senhor, deveria ser das primícias da colheita. Era a primeira e a melhor parte de tudo quanto fosse colhido, numa demonstração clara de gratidão a Deus! 
     Um ensinamento importante é o que encontramos nos versos 3 e 10, quando diz que parte da oferta era queimada e parte era de Arão e de seus filhos, que eram os sacerdotes. Cabe aos crentes sustentar os que ministram as coisas sagradas.
     Vejamos agora explicações interessantes sobre o significado de alguns itens citados:
     _"Deitarás azeite sobre ela..."(a oferta). O azeite simboliza o Espírito Santo. O crente precisa dele para seus labores diários e para ser iluminado e santificado!
     _"...lhe porás incenso..." O incenso representa oração, intercessão e louvor (Salmo 141:2)
     _"...de nenhum fermento e de mel nenhum queimarás por oferta ao Senhor." A levedura do fermento e o mel causam fermentação, símbolos de corrupção. Em I Coríntios 5:6-8, Paulo fala do "fermento da maldade e da malícia" e mostra que o contrário de "fermento" é sinceridade e verdade.
     _"...em todas as tuas ofertas aplicarás sal." Representava incorrupção e pureza, e simbolizava a aliança duradoura entre Deus e seu povo.
     Toda esta simbologia deve estar em nossa mente, pois veremos referências a elas em toda a Escritura!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

                                     Levítico 1


     Começando este novo livro, precisamos nos situar! O livro foi escrito por Moisés, durante a peregrinação no deserto. Enquanto Êxodo nos mostra a possibilidade de comunhão com o povo através de sua presença no Tabernáculo, Levítico apresenta as leis que permitiriam a Israel manter esta comunhão.
     As leis faziam com que o povo tivesse noção de sua pecaminosidade e da necessidade que tinham da misericórdia de Deus. Segundo o próprio Deus, Israel deveria ser diferente das outras nações apartar-se dos seus costumes.  Como percebemos, estas ordenanças de ser diferentes e não cultivar os mesmos hábitos de "outras nações" continuam!
     Este livro nos fala de um Deus santo, que odeia o pecado, mas que mostra ele mesmo o caminho para que seu povo se achegasse novamente a ele por meio dos sacrifícios, demonstrando sua misericórdia.
     Não deixem de ler as explicações da Bíblia de Genebra, que são extremamente esclarecedoras. Aqui vou reproduzir apenas algumas:
     Os sacrifícios de animais envolviam a sua morte e por isso tinham um simbolismo expiatório: o animal que morria NO LUGAR do adorador pecaminoso representava a redenção da morte que este merecia. Lá no v.4 o sentido da palavra expiação é este (literalmente "para encobrir"), a morte do animal em lugar do pecador "encobre" ou protege-o da santa ira de Deus.
     Notemos também que Deus estabeleceu os sacrifícios de tal forma que os mais ricos oferecessem animais caros, mas o pobre não deixaria de sacrificar! Este poderia oferecer uma ave, de acorde com suas posses. A idéia era que o animal deveria custar alguma coisa ao que ofertava, por isso precisava ser um animal doméstico e não selvagem.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

                                      Êxodo 38, 39 e 40


     Uma grande lição que podemos tirar da construção do templo é que Deus mesmo se dá o direito de determinar os mínimos detalhes sobre como se deve adorá-lo. O culto verdadeiro não admite invenções e inovações humanas. Precisamos adorá-lo como ELE mesmo prescreve em sua palavra.
     Também nos faz pensar que o véu, que separava o lugar santíssimo do lugar santo, permitia que apenas o sumo  sacerdote entrasse demonstrando como o Deus santo é inacessível ao homem pecador. Necessitávamos de um mediador que rasgasse o véu que fazia separação entre nós e Deus. "sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados" (Hebreus 9:22). E agora, com o sacrifício do Cordeiro perfeito, temos acesso ao Pai, algo antes impossível!
      Já no capítulo 40, versos13 a 15, vemos a preparação rigorosa  que era necessária aos sacerdotes para ministrarem, demonstrando que era pr!eciso purificar-se para servir a Deus. E hoje nós também precisamos nos purificar "com a lavagem de água, pela palavra" (Efésios 5:26) e pela "regeneração" e "renovação do Espírito Santo" (Tito 3:5).
      Não nos esqueçamos também que a idéia do tabernáculo era a habitação de Deus no meio do seu povo, que, é claro, apontava para Cristo! "E o verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14). Ele é o cumprimento pleno do Emanuel: Deus conosco! E quando ele subiu aos céus, nos deixou o Consolador, o Espírito Santo que HABITA em cada crente. Aleluia! Ele está para sempre com seu povo!!
                      OS MALES DO CORAÇÃO DO HOMEM
                                John Newton
           "Para que tenhamos uma idéia correta da natureza do coração humano,devemos perguntar a nós mesmos se conseguiríamos suportar a imposição de declararmos sem restrições, em voz alta, na presença de
muitas pessoas, todos os pensamentos e desejos que se encontram em nosso coração. Estou convicto de que algumas pessoas, se fossem colocadas diante de tal prova, prefeririam morrer a concordar com tal imposição.
           Elas perceberiam que, em tal provocação, existem coisas para as quais dificilmente encontrariam palavras capazes de expressá-las. O Senhor, em sua misericórdia, nos tem guardado de conhecer o
coração dos outros, até ao ponto em que estamos dispostos a revelar a nós mesmos. Se todas as pessoas fossem obrigadas a falar tudo o que pensam, isto seria o fim de nossa sociedade, e as pessoas nunca mais se
arriscariam a morar com outros seres humanos; em vez disso, morariam com tigres e ursos.
           Todos sabemos que danos uma língua desgovernada pode causar em algumas ocasiões. Mas a língua não causará nenhum dano enquanto não for um instrumento de revelação das coisas ocultas do coração; é somente uma parte dessas coisas que a pior língua é capaz de revelar. O que aconteceria, então, se todos os corações fossem abertos e todos os nossos pensamentos, conhecidos para os outros? Que mistura de confusão, vergonha, retraimento, medo e desonra encheria todos os rostos...
          E todos nós estamos expostos à perscrutação de um Deus puro e santo!"


( Texto extraído da revista "Fé para hoje" Editora Fiel)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

                                 Êxodo 37


   As descrições detalhadas demonstram o quanto os construtores se preocupavam em cumprir as determinações de Deus. Me faz lembrar o Catecismo Maior em sua pergunta 91: "Qual o dever que Deus requer do homem?_ O dever que Deus requer do homem é a obediência à sua vontade revelada."
   Podemos dizer que amamos à Deus, que somos seus filhos, que fazemos isto ou aquilo em seu nome, mas a característica principal de um discípulo do senhor é a OBEDIÊNCIA. "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender do que a gordura de carneiros." I Sm. 15:22.
   Os Puritanos diziam que as ovelhas de Cristo tinham duas marcas: uma nos ouvidos e outra nos pés. Eram aquelas ovelhas que OUVIAM a palavra de Deus e SEGUIAM os seus ensinos. Aprendamos com os Puritanos e com os construtores do Templo. Sigamos a palavra de Deus à risca!

domingo, 7 de novembro de 2010

                                      Êxodo 36 

     Os homens a quem o Senhor deu habilidades estavam realizando a “obra para o serviço do santuário”. No 2º verso, a Bíblia os descreve como “todo homem hábil em cujo coração o Senhor tinha posto sabedoria, isto é, a todo homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la”.
      Podemos ver claramente a vontade de Deus ser realizada com o concurso da vontade humana. Deus mesmo dispôs o coração deles para realizar a Sua santa vontade. Eles poderiam nem saber que era o Senhor quem fazia isto, que era o Senhor quem despertava neles o desejo de fazer aquela obra. O decreto de Deus vinha “disfarçado” de desejo do coração deles! Assim foi com Rute, que entrou no campo de Boáz porque estava com fome. Ela achou que o motivo havia sido este. Na verdade, quando ela entrou ali,  estava cumprindo um decreto eterno de Deus, que a colocaria na linhagem de Jesus. Leiam Rute 2 que vocês entenderão a história. Deus usa as circunstâncias, os acontecimentos e até a nossa própria vontade(adequando-a previamente), para cumprir Sua santa vontade. Ele muda a vontade de seus filhos sem que eles sequer percebam!