segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

                                 Números 25

     O povo de israel estava agora habitando em Sitim, cidade conhecida pelo culto ao deus da fertilidade e por introduzir a prostituição ritual em seus cultos pagãos.
     Balaão, não podendo amaldiçoar o povo, mas querendo a todo custo obter vantagens de Balaque, rei dos moabitas, resolveu agir de outra forma. Balaão aconselhou Balaque a induzir o povo de Israel a participar de suas festas religiosas e a se prostituir com suas mulheres. A expectativa de Balaão era de que, conhecendo o juízo de Deus, tendo certeza de que ele viria, enfraquecer  Israel para dar vantagens aos midianitas e moabitas. Se não dava para vencer amaldiçoando ou numa guerra aberta, o jeito era minar as forças, enfraquecê-los.
     Muitas vezes nossas lutas são assim.  O diabo e suas hostes não podem nos tragar pois somos filhos do Deus Altíssimo, mas ele tenta dissimuladamente nos associar com o pecado, com a mentira, com a maldade, com a impureza...e se nos deixamos levar, precisaremos ser disciplinados, como Israel o foi naquele dia, morrendo dentre eles, vinte e quatro mil homens.
     Precisamos fugir das alianças com o mundo e com os mundanos. Precisamos nos separar todos os dias para nosso Senhor. A mensagem do domingo de manhã foi sobre isso. Salomão, o homem mais sábio de todos os tempos, no fim de sua vida se deixou levar por suas mulheres estrangeiras. Deus o havia advertido a não se casar com elas, pois lhe perverteriam o coração para seguirem seus deuses. Mas a Bíblia diz que ele não ouviu a repreensão, pelo contrário, " a estas se apegou Salomão pelo amor."(I Reis 11:2). A consequencia, como previsto, foi que Salomão seguiu a Astarote, Milcom, Quemos e até a Moloque (aquele deus a quem se oferecia crianças)!
     Aprendemos assim, que devemos evitar as investidas pesadas do diabo contra nós, não pecando. Mas que também devemos estar atentos àquelas pequenas coisas que vão nos tomando aos poucos, que vão se tornando ídolos e assim, vão nos afastando do nosso Senhor. O que tem te afastado do seu Deus? O que tem te feito fazer alianças com 'outros povos'? O que tem tomado seu tempo de devocional ou de oração? Cuidemos para que assim como foi com Israel, não sejamos enredados e quando menos percebermos, estarmos presos ao pecado. Que Deus tenha misericórdia de nós! 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

                                       Números 24


     Balãao novamente abençoa Israel, tendo vindo sobre ele o Espírito de Deus. Mais uma vez  é frustrada a tentativa de Balaque. Nesta profecia Balaão prevê a vinda da 'estrela que procederá de Jacó', e do ' dominador que sairá de Jacó.
      Um cumprimento inicial desta profecia se encontra em II Samuel 8:2 a 14, quando Davi vence os edomitas e os moabitas. Mas essa 'estrela', também se referia sim, ao Messias e suas conquistas.
     No final das contas, Balaque não quis pagar o que prometera a Balaão, e o povo de Deus saiu desta situação com uma frase ressoando em seus ouvidos:"Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem." (verso 9)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

                                     Ainda sobre Números 23

       Outra  maravilhosa lição contida neste capítulo, é que a nossa 'justiça' não conta a nosso favor, pois se dependêssemos dela, jamais alcançaríamos o favor de Deus. Ele nos olha através da aliança que fez com o seu povo, em Cristo!  Veja o que diz o verso 21: "Não viu iniquidade em Jacó, nem contemplou desventura em Israel; o Senhor seu Deus, está com ele, no meio dele se ouvem aclamações ao seu Rei". Será que Deus não viu a iniquidade de seu povo, que tanto pecava contra ele, duvidando e desobedecendo muitas vezes? Embora os tivesse castigado e feito-os colher frutos amargos, ainda assim os chamava de seu povo. Ainda assim aquele povo era sua propriedade. Isto porque Deus olha o seu povo através do sacrifício de Cristo, e isso nos torna aceitáveis aos olhos de Deus. Isso nos faz ser seu povo.
      Que sacrifício maravilhoso recebemos da parte de Cristo! Morreu a nossa morte, para que pudéssemos ser aceitos como puros aos olhos do Pai. E não somente nós, mas todos os nossos irmãos do Antigo Testamento que não chegaram a ver as promessas do Messias concretizadas, mas creram. Aí eu me lembro da pregação de domingo passado: o povo da antiga aliança foi salvo pela fé no redentor que haveria de vir. Eles não tinham a concretização da promessa, mas já se beneficiaram do sacrifício de Cristo pela fé! Eles também foram vistos por Deus através do sacrifício vicário e cabal de Cristo!
      

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

                                     Números 23


     Este capítulo nos dá alguns ensinamentos preciosos sobre a forma de  Deus agir. Balaque contrata Balaão para almaldiçoar Israel, para que Balaque os vencesse na guerra que seria travada. Ao invés disso, Balaão abençoa Israel várias vezes. Não que Balaão assim o quisesse, mas porque tinha medo de fazer algo que fosse contrário ao que o Deus de Israel dissesse. Ele era pagão mas não era burro! Já tinha ouvido falar de maravilhas aterradoras que Deus fizera, como a abertura do Mar Vermelho, a mortandade dos primogênitos do Egito e tantos outros feitos realizados nestes quarenta anos de deserto, que viraram notícia por toda aquela região.
      Balaão tentou até mudar de lugar para ver se de outro monte, conseguia amaldiçoar Israel (23: 27). Mas a conclusão que Balaão chegou, foi a mesma que o próprio Deus dissera através dele mesmo (23:8):"Como posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem Deus não denunciou?"  e "Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel" (23:23). 
     As forças das trevas jamais podem tocar um filho de Deus. Todas as maldições ou agouros que podem vir sobre os ímpios, não nos tocam. Não por quem somos, mas por quem é o nosso Pai! Nada temos a temer. E se algo de ruim nos alcançar, podemos ter a certeza que foi para o nosso bem, já que terá sido ordenado pelo nosso Senhor. Mesmo que o emissário seja o próprio Satanás, a ordem terá vindo de Deus. Isso nos remete imediatamente a Jó, e nos dá uma tranquilidade imensa, sabendo que a nossa vida está nas mãos de um Pai amoroso e cuidadoso, que nos chama de seu povo, nos dando todos os benefícios deste título, que nos foi cedido gratuitamente em Cristo!
    

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

                                      Números 22: 21 a 41


     A ira de Deus se acendeu por Balaão ter ido com eles, certamente por causa da cobiça que foi despertada em seu coração com todas as ofertas de benefícios oferecidos por Balaque. Sua motivação foi perversa. No seu íntimo provavelmente ele tendia amaldiçoar mesmo o povo de Deus em troca dos presentes e riquezas. A Bíblia nos conta que o "Anjo do Senhor pôs-se-lhes no caminho por adversário". Este Anjo do Senhor, era o próprio Cristo. O fato dele ter recebido a adoração de Balaão no verso 31 nos prova isto. Mais uma teofania (Manifestação temporário e normalmente visível de Deus)!
     O que se segue, é uma história de tremenda ironia. A jumenta consegue enxergar o Anjo e se desviar do caminho, e Balaão não. A jumenta precisa falar para explicar à Balaão, 'o grande profeta', o que estava acontecendo.
     Balaão reconhece, então, que o próprio Deus se havia posto naquele caminho para se opor à ele. Esta deve ser uma situação temida por qualquer homem. Estar prestes a cometer algum ato que desagrade a Deus, à ponto de Deus se pôr um seu caminho para impedí-lo! Que nossos caminhos sejam todos, SEMPRE agradáveis ao Senhor, e que nunca precisemos ter a terrível experiência de ter o Senhor contra nós, como nosso adversário!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

                                     Números 22:1 a 19


     Balaque, rei dos Moabitas(leia sobre a origem deste povo em Gênesis 19:30 a 38) ouviu a fama de Israel e temeu. Andava angustiado pensando num jeito de exterminar o povo. A solução que ele encontrou foi contratar um profeta pagão, muitíssimo conhecido em toda aquela região, para amaldiçoar o povo de Deus. 
     "O profeta pagão Balaão vivia em Petor... às margens do rio Eufrates. O fato de Balaque ter enviado emissários por aquela distância respeitável serve como evidência da considerável reputação de Balaão como alguém que tinha poderes sobrenaturais." (Bíblia de Genebra). É fato que Balalão era profeta, consultava mortos, era agoureiro. Ele é citado duas vezes na Bíblia como exemplo de falso profeta e falso mestre (Números 31:16 ; II Pedro 2:15 e judas11). Ele era um sincretista: indivíduo que luta por fundir ou conciliar religiões, doutrinas, culturas. (Houaiss, dicionário da língua portuguesa). Balaão tinha certo conhecimento sobre o Deus de Israel e até o temia. Foi usado por Deus para comunicar a sua Palavra, era seu servo, como todos os ímpios, todos os homens. Este texto nos ensina que nem tudo que é sobrenatural vem da parte de Deus, como dizia Martinho Lutero. Supostamente, ele realizava atos sobrenaturais e era pagão! E justamente por causa da fama dele, Deus o usou, para manifestar nele a sua glória,  para que os povos admitissem que o Deus de Israel era maior que o 'grande profeta' Balaão, que o Deus de Israel era o único Deus.
     Os propósitos de Deus são sempre cumpridos. Ele se utiliza de quem quer, e mesmo que esses homens não sejam seus filhos, são usados para glorificar seu nome. Esta é a grande lição que devemos guardar em nosso coração no desenrolar desta história que começamos a ler hoje, e que desenvolveremos no decorrer da semana.
     

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

                                  Números 21:1 a 3  e  10 a 35


     "Conquanto Israel não  procurasse a guerra, devia enfrentar os ataques do cananeus e  amorreus.  Ao ser atacado pelo rei de Arade, que estava situado ao sul de do mar Morto, Israel buscou ajuda do Senhor e prometeu destruir completamente as cidades do inimigo.  Deus concede a vitória a Israel e os israelitas cumpriram a promessa. O uso da maldição ensina que que era uma guerra santa e todo aquele que se opunha a Deus estava debaixo de seu juízo." (Paul Hoff) Esta é uma verdade que deve estar sempre patente aos nossos olhos: as pessoas que se levantam contra o povo de Deus, se levantam contra o próprio Deus! Eles não sabem disso, nem desconfiam, mas o juízo que trazem sobre si é justamente por se levantarem contra os representantes do Deus vivo.
     Os inimigos do povo de Deus, são inimigos de Deus, e os inimigos dele, devem ser os nossos também. Não estamos falando de discussões pessoais ou inimizades motivadas por futilidades, mas quando o Evangelho e as verdades de Deus são desprezadas. Veja o que Jesus ensinou aos seus discípulos em Mateus 10:11 a 15 e perceba a seriedade de ser um representante de Deus na Terra: "E, em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem deles é digno; e aí ficai até vos retirardes. Ao entrardes na casa, saudai-a; se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do  Juízo, do que para aquela cidade." Vejam o que diz a nota de rodapé da Bíblia de Genebra sobre este texto: " Os judeus, algumas vezes, sacudiam o pó de suas roupas, quando retornavam de terras gentílicas, como sinal de desprezo. Jesus usa esta atitude como sinal de julgamento. Uma cidade que não recebia os discípulos não recebia Jesus e se tornava espiritualmente pagã e tão sujeita a julgamento quanto Sodoma e Gomorra." 
     Essas são verdades fortes e contundentes. Os inimigos do Evangelho são nossos inimigos, os inimigos de Deus são nossos inimigos. Estamos nós dispostos a sofrer tal oposição por amor ao Nosso Senhor? Estamos nós fazendo diferença ao nosso redor, pregando o Evangelho com nossas vidas e com nossas palavras, ou temos sido 'agentes secretos' do Evangelho para não termos problemas? Há apenas dois lados. Ou estamos ao lado de Deus e de sua igreja, ou somos seus inimigos! Que Deus nos auxilie a enxergar esta verdade!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

                               Números 21:4 a 9

   Neste incrível episódio, Deus nos mostra mais uma vez o que tanto temos visto neste livro: o pecado do povo e a imensa misericórdia de Deus!
     Ao rodear Edom  por caminhos difíceis, o povo se  tornou impaciente mais uma vez, e depois de quase quarenta anos ainda estavam reclamando de terem sido tirados do Egito e trazidos para um deserto que não tinha água nem pão... eram incapazes de reconhecer sua condição de escravidão passada e de perceber que todas aquelas dificuldades serviriam para levá-los a um futuro seguro, de deleite: a Terra Prometida! Muitas vezes queremos o benefício da comunhão com Deus, queremos as delícias de gozar de sua presença, mas não queremos percorrer os desertos necessários! Também queremos herdar a vida eterna, mas se possível, sem lutar contra nós mesmos e contra o pecado, queremos herdar os céus da forma mais confortável possível. Queremos os louros da   vitória, mas não queremos as batalhas, as lutas diárias que são capazes de nos aproximar de Deus. Temos muito que aprender com os erros do povo de Deus, pois nosso coração é incrivelmente parecido com o deles!
     "Os aflitos israelitas não tinham outro meio de salvar-se senão olhar para a serpente de metal, assim como os pecadores não têm esperança de salvação exceto mediante a fé no Cristo crucificado." (Bíblia de Genebra). Assim, a fé que moveu aqueles homens a obedecer a ordem de olhar para a serpente para serem curados, é aquela fé que nos faz olhar a cruz de Cristo como a única saída para escaparmos da condenação eterna proferida contra a humanidade em Adão.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

                              Números 20:14 a 29


     Vemos neste trecho que a inimizade entre Jacó e seu irmão Esaú, durante a mocidade, se estendeu por seus descendentes. Os edomitas eram descendentes de Esaú, e os israelitas, como sabemos, filhos de Jacó. Mesmo diante do educado pedido feito por Moisés de passar por suas terras, ressarcindo-os de quaisquer prejuízos, os edomitas negaram passagem ao povo de Deus, obrigando-os a dar uma volta por partes particularmente difíceis do deserto.
      Certamente foi a mão de Deus que os  impediu. O texto fala que os edomitas saíram contra Israel 'com muita gente e com mão forte'. Mesmo sendo ímpios, foram usados por Deus para que se cumprisse seus decretos para o povo. Não conseguimos perceber claramente o motivo. E isso é um excelente exercício para nós. Algumas vezes conseguimos entender os motivos de Deus nos desviar de tal ou tal caminho, mesmo que este nos parecesse melhor. Mas outras vezes não podemos vislumbrar o por que de edomitas se postarem à nossa frente, nos embarreirando, nos desviando daquele que achávamos ser o melhor caminho para nós. Este é um exercício de fé! Por mais que não entendamos os motivos, ou nos achemos injustiçados, precisamos crer que a poderosa mão de Deus está sobre tudo e sobre todos. Inclusive sobre os ímpios, para trabalharem a seu favor! Notem que Moisés fez tudo certo, mandou mensageiros ao rei pedindo autorização, prometeu não causar prejuízos e ressarcí-los caso houvesse algum, mas mesmo assim, o rei não permitiu. Algumas vezes fazemos tudo certinho, conduzimos tudo na direção que julgamos mais sensata, estamos isentos de pecados em nossas intenções, mas mesmo assim, Deus, de uma forma ou de outra, nos diz: "não meu filho, não será assim!". Não cabe a nós entender sua vontade, mas submissos, obedecê-la com alegria, sabendo que ele sempre sabe por onde está nos conduzindo, e nós, somos absolutamente cegos!
     Este capítulo termina com a morte de Arão, que foi impedido de entrar na Terra por causa de sua rebelião. Deus, no entanto, deu a ele a alegria de ver seu filho Eleazar tomar seu lugar, vestindo as roupas sagradas de sumo sacerdote. Que alegria para um pai ver seu filho seguir seus passos, quando esses se encontram no caminho da justiça!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

                                      Números 20:1 a 13


     Acredita-se que estes acontecimentos narrados no capítulo 20 tenham acontecido no último ano de peregrinação do povo no deserto: o pecado de Moisés e Arão, a morte deles e a morte de Miriam. Mais uma vez o povo murmurou. Moisés ficou severamente amargurado por ver a nova geração agindo com a mesma murmuração que os pais. Eles não haviam aprendido a lição. Viram seus pais reclamarem a vida toda, e ao invés de detectarem o pecado dos pais, se desvencilharem do mal exemplo e seguir o caminho da piedade, resolveram copiar o pecado de seus pais.
     Moisés então, abandonando a mansidão que o acompanhara por anos à fio, deu largas à sua ira. O Salmo 106 cita este acontecimento da seguinte forma: "Depois, o indignaram nas águas de Meribá, e, por causa deles, sucedeu mal à Moisés, pois foram rebeldes ao Espírito de Deus, e Moisés falou irrefletidamente." (versos 32 e 33). Note que o texto reconhece que o povo incitou Moisés ao erro, mas ele foi responsabilizado por reagir com ira. Aprendemos, assim, que mesmo que outras pessoas nos 'levem a pecar', a responsabilidade diante de Deus pelo nosso pecado é toda nossa, não podemos dividí-la com quem nos 'fez pecar'!
     Deus deu instruções claras à Moisés, e ele se precipitou em sua ira. Abrrogou para si o poder de tirar a água da rocha quando disse: " ...porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?" Também desobedeceu a ordem de 'falar à rocha' e a feriu duas vezes. Esta atitude foi denominada como incredulidade e rebelião da parte de Moisés, e também de Arão, que participou ativamente de todos os eventos descritos. Com esta atitude Moisés demonstrou que não estava mais apto para introduzir Israel na Terra prometida. Deus suscitaria outro líder para fazê-lo. Arão morreu logo depois e Moisés chegou apenas até a fronteira de Canaã.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

                                           Números 19


     " Considerando que uma multidão de pessoas morreram por causa da rebelião de Coré, e os meios comuns para remover a contaminação resultante de tocar em cadáveres não eram provisão suficiente, o Senhor proveu um sacrifício especial  para purificar o acampamento. Os israelitas haviam de lavar-se segundo as regras da purificação. Preparou-se a água da purificação misturando nela as cinzas da novilha ruiva; a cerimônia foi, em alguns aspectos, semelhante à da purificação do leproso. O escritor da carta aos Hebreus alude a este fato  quando menciona a "cinza duma novilha" (9:13). Encerra um claro simbolismo. Como as cinzas da novilha ruiva limpavam cerimonialmente o israelita  contaminado, assim o sangue de Jesus satisfaz a justiça divina, limpa a consciência do pecador e o reconcilia com Deus" 
  Paul Hoff   

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

                               Números 18


     Este texto descreve para nós a responsabilidades sacerdotais. Notem que os levitas poderiam fazer diversos serviços, porém não poderiam se aproximar dos utensílios do santuário, nem do altar, para que não morressem. Apenas Arão e seus filhos poderiam cuidar desta parte sagrada. Somente eles poderiam cuidar do serviço que estivesse 'dentro do véu'. Qualquer outro que se chegasse, morreria.
    "A imperfeição do sacerdócio deles era indicada por terem de oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados, bem como pelo pecado de outros. Essa imperfeição apontava para um Sacerdote maior e mais perfeito, que não precisava oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados." ( comentário da Bíblia de Genebra). Em Cristo, nosso eterno sumo sacerdote sem pecados e que ofereceu um sacrifício perfeito e cabal, temos acesso ao Santo dos Santos, que representava a presença de Deus. Por causa do sacrifício perfeito de Cristo agora nós somos sacerdotes e levamos nossa adoração diretamente ao Pai, por meio de Cristo!
    Vemos também a instituição dos dízimos dos levitas. Eles seriam uma tribo sem posses e sem herança. Sua herança era o Senhor. Eles viveriam dos dízimos e das ofertas que o povo trazia. E os levitas deveriam também dar os dízimos dos dízimos que recebiam aos sacerdotes. Era uma maneira de suprir as necessidades dos servos de Deus, e ao mesmo tempo demonstrar gratidão ao Senhor por tudo que tinham. Deus sempre deixa coisas paupáveis, atitudes práticas para fortalecer nossa fé nele, nossa confiança, nossa gratidão além das palavras! E o dízimo é uma das formas de fazermos isso.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

                                           Números 17


     A autoridade do sacerdócio de Arão havia sido questionada na revolta de Corá. Então o Senhor, no intuito de reafirmar esta autoridade, ordenou que cada tribo trouxesse ao Tabernáculo o bordão de seu líder maior. Um bordão representando cada tribo e o de Arão representando a tribo de Levi. 
     O bordão (ou vara) era símbolo de autoridade e proeminência, como o cetro de um rei. Como a vara não poderia reverdecer sozinha, aquela vara que, posta perante o Senhor na tenda do Testemunho, no outro dia florescesse, era a vara escolhida. E esta foi a de Arão, demonstrando claramente ao povo que Arão não estava à frente como sacerdote baseado em seus dons naturais, mas na eleição divina. Deus soberanamente o havia escolhido e à sua família para estarem como sacerdotes, mediadores entre Deus e o povo. A vara é posta 'perante o Testemunho' (defronte da arca, no Santo dos Santos), como sinal perpétuo da escolha de Arão e seus filhos como sacerdotes.
     No verso 10 Deus mostra o motivo de ter proposto tal teste. Ele queria que as murmurações que estavam sendo feitas contra os seus escolhidos, para serem mediadores, parassem. O segundo motivo nos remete mais uma vez à longanimidade de Deus: "para que não morram"! Deus está mostrando nestas palavras que quer dar à estes rebeldes chance de se convencerem que aquela escolha havia sido feita por ELE e assim, parassem de pecar e não morressem! Que grande e misericordioso Deus é o nosso Deus!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

                                Números 16


     E lá vamos nós para mais um episódio de rebelião do povo de Deus...E desta vez foi um motim! Corá era levita e cobiçava o sacerdócio para si. Já Datã e Abirão, por serem descendentes de Rúbem, o primogênito de Jacó, achavam que a autoridade civil pertencia a eles. As duas facções formaram uma aliança político-religiosa que contou com o apoio de duzentos e cinqüenta príncipes de Israel, homens importantes, 'varões de renome'. Eles argumentavam que toda a autoridade do povo havia sido posta sobre os dois irmãos, Moisés e Arão, esquecendo-se de que Deus os havia posto à frente do povo. Sendo assim, não era contra Moisés e Arão que aqueles homens estavam voltando as costas, mas contra o próprio Deus! 
     Como tudo que está ruim pode piorar, quando Moisés manda chamar a Datã e Abirão à sua presença, eles se recusam a ir e ainda descrevem o Egito como "terra que mana leite e mel", numa clara zombaria que demonstra sua absoluta falta de reverência.
     Moisés não faz nenhum esforço para reivindicar seu posto e o de Arão. Ele deixou que Deus julgasse entre eles, mostrando através da prova proposta, quem eram os detentores do sacerdócio e da autoridade no povo de Deus. E foi então que o terrível juízo divino caiu sobre o rebeldes, mostrando quão grave é levantar-se contra as autoridades que Deus instituiu no meio do seu povo. Eles foram tragados pela terra, enterrados vivos com tudo que lhes pertencia, família, servos,bens...
     Segundo o texto que se encontra em Números 26:11, os filhos de Corá foram poupados, numa demonstração da imensa graça divina. Embora tenham sido excluídos do sacerdócio, os descendentes de corá ocuparam postos de honra no serviço do santuário. Um deles foi Samuel, destacado profeta e e último juíz de Israel (I Crônicas 6:33). Vários Salmos são atribuídos aos filhos de Corá,  dentre eles o tão conhecido Salmo 84: "Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!". Mais uma linda lição para nós: apesar dos pecados e fracassos dos pais, os filhos podem ser grandes no reino de Deus. Pura misericórdia e amor!
     Logo no dia seguinte, o povo rebelou-se novamente, foram corrompidos pelas palavras insolentes dos amotinados que haviam sido tragados no dia anterior. Eles morreram, mas deixaram plantada a semente da rebelião no coração do povo. Chegaram ao absurdo de acusarem Moisés pelo terrível fim dos rebeldes. E Deus interveio mais uma vez para ensinar àquele povo a respeitar seus servos e o triste resultado foi uma praga que matou quatorze mil e setecentas pessoas. E a praga só cessou quando foi oferecido, a mando de Moisés, uma oferta pelo pecado do povo. Ele era um verdadeiro servo de Deus, não preocupado em demarcar sua posição, mas preocupado com o povo, e intercedendo por eles, para que Deus tivesse misericórdia e fizesse a praga cessar!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

                                    Números 15


     Logo após ter rejeitado o povo por sua desobediência em não tomar a Terra prometida, Deus dá a eles leis sobre os pecados por ignorância e pecados deliberados. Existe uma imensa diferença entre pecarmos inadvertidamente, sem sermos avisados, e pecarmos conscientemente, 'atrevidamente', como diz o texto. Se o pecado fosse por ignorância, havia a possibilidade de se fazer sacrifício expiatório, mas o pecado deliberado era punido com a morte! Isto porque demonstrava explicitamente o desprezo pela palavra de Deus. Quando se sabe que tal atitude é pecaminosa, se é avisado e admoestado, e mesmo assim o coração impenitente não se dobra, a rebelião é evidente!
     As franjas que os israelitas tinham que fazer nas bordas dos seus vestidos serviam para lembrar-lhes que deviam obedecer os mandamentos do Senhor e não o seu próprio coração. O Senhor conhece o nosso interior, e embora possamos enganar a homens, ele sabe exatamente o que se passa dentro de nós. Por isso mesmo nos desafia a não confiar em nossos corações corruptos, em nossas emoções corrompidas pelo pecado, mas em sua palavra! "E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os vossos olhos..." Isto é viver por fé! Não nos guiarmos pelo que sentimos e vemos, pelas circunstâncias que se apresentam, mas unicamente pelos mandamentos do Senhor, que são puros, retos,límpidos, alegram o coração e são mais desejáveis do que o ouro! Que tipos de 'borlas' podemos fazer hoje em dia para não esquecermos da redenção divina e da importância de cumprirmos sua vontade? Quais tipos de exercícios você tem desenvolvido na sua vida diária para se livrar das redes do pecado? Como podemos manter a chama do Evangelho acesa em nós diariamente, nos lembrando da santidade de Deus e da necessidade de sermos santos como ele é santo? Aceito sugestões!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

                                   Números 14:13 a 45


     Após Deus ter dito que destruiria o povo e de Moisés formaria uma nova nação, Moisés intercede pelo povo usando dois argumentos fortes: a reputação de Deus (versículos 15 e 16) e a sua insondável misericórdia (versículos 18 e 19). Deus então sentencia que aqueles espias que não creram e incitaram o povo contra o Senhor, morreriam de praga perante o Senhor. E assim se fez. Dos doze espias,somente Josué e Calebe escaparam. E o testemunho que o próprio Deus deu a respeito destes dois foi lindo, o Senhor diz que eles perseveraram em segui-lo. Estes dois homens creram nas promessas de Deus a despeito do que seus olhos viram! Eles também viram os gigantes, eles também conheciam as dificuldades que enfrentariam para guerrear contra aquele povo, mas não obstante, perseveraram firmes, crendo que o Senhor estava à frente do povo.
    Depois da intercessão de Moisés, Deus declara seu perdão ao povo, mas não retira dele a disciplina. Os adultos que se negaram a seguir para a conquista da Terra, deveriam morrer sem entrar em Canaã. O povo não entraria enquanto restasse sequer um vivo daquela geração, e o castigo foi expresso: "Neste deserto cairá o vosso cadáver...mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, farei entrar nela; e eles conhecerão a terra que vós desprezastes." Podemos aprender com este trecho a gravidade do pecado! Os filhos daqueles homens incrédulos foram atingidos seriamente pelo pecado de seus pais, tendo que vagar e ser pastores naquele deserto por quarenta anos, até que a geração de seus pais passasse, como o verso 33: "Vossos filhos serão pastores neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto." Por isso devemos considerar com gravidade nossas decisões. Elas afetam as pessoas que nos cercam. Se as amamos de fato, devemos fugir do pecado, pois quando somos disciplinados por Deus por causa do nosso pecado, as pessoas que estão à nossa volta, também são atingidas de uma forma ou de outra. Os filhos daqueles homens rebeldes e incrédulos não deixaram de entrar em Canaã, eles alcançaram as promessas, mas sofreram  no deserto por causa do pecado de seus pais.
     E por fim, o povo 'resolve' obedecer tardiamente, e mesmo diante da negação de Moisés e da sentença de Deus, de que passariam quarenta anos vagueando naquele deserto,e de que o Senhor não estaria com eles, e que eles não prosperariam, eles decidem fazer aquilo que acham melhor, tomando Canaã. Mais uma vez foram rebeldes e incrédulos, e sem a bênção de Deus, não havia batalha ganha. Foram derrotados!