segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

                                   Números 8


     Este texto trata da consagração dos levitas. A tribo de Levi havia sido designada para o serviço a Deus, mas essa não era a única condição para ingressar no ofício sagrado. Não bastava ser levita e 'sair oficiando'. Os levitas deveriam ser separados para a obra do  tabernáculo, numa cerimônia especial, designada por Deus.
     A consagração dos levitas era muito mais simples que a dos sacerdotes. Não eram necessárias as lavagens, as unções ou as investiduras com roupa oficial. Fazia-se a purificação dos levitas oferecendo sacrifícios, barbeando-os e lavando seus vestidos.
     Os levitas ingressavam para o trabalho do tabernáculo aos vinte e cinco anos de idade e passavam os primeiros cinco, aprendendo os ofícios com os levitas mais velhos. Aos trinta eram admitidos ao pleno exercício dos seus deveres. Aos cinquenta anos os levitas já não faziam os trabalhos pesados, mas podiam continuar servindo nos deveres mais fáceis do tabernáculo.
     Tudo ordenado por Deus, da melhor forma aos seus olhos, para o bom andamento da vida espiritual do seu povo. Assim também podemos ver no Novo Testamento, quando a igreja está nascendo, a preocupação de ordenar as pessoas certas para as tarefas certas: "Então, os doze (apóstolos) convocaram a comunidade dos discípulos (os crentes) e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir à mesa. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra." Atos 6:2,3 e 4. Aqui fica claro que cada um que é separado e vocacionado por Deus para servir a igreja, é chamado com um propósito específico. É o próprio Deus quem distribui as funções como lhe apraz. É o que lemos em Efésios 4:11 e 12, "E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo."
     Na nova dispensação, o serviço a Deus não é mais designado de acordo com o nascimento(na tribo de Levi), mas o próprio Deus instituiu a forma de identificar dentre o povo, aqueles que são escolhidos por Deus para exercerem ministérios na Igreja. O próprio Deus escolhe, e dá condições à igreja para que reconheçam esta escolha. Como? Através das qualificações amplamente descritas por Paulo, que o candidato ao ministério deve demonstrar anteriormente à sua eleição. E a eleição propriamente dita, no caso de presbíteros e diáconos. Primeiro a igreja reconhece nesses homens as virtudes bíblicas exigidas, depois confirma isso através do voto, como foi no texto de Atos citado acima. Veja só a continuação: "O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Felipe, Prócano, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia." (verso 5). A atitude da igreja em relação à escolha de pastores também deve ser a mesma. Homens em quem se note a vocação para o ensino, que tenha as virtudes exigidas e receba o reconhecimento da igreja para seguir, como os levitas, seus anos de preparação e estudos para ingressar no sagrado ministério.
     Deus mesmo dirige seu povo, quer na antiga ou na nova aliança. Ele se dá ao direito de escolher aqueles que serão responsáveis por dirigir seus filhos em segurança à terra prometida!

5 comentários:

  1. É extremamente importante que nós crentes estejamos atentos para as características de cada líder nas nossas igrejas, pois Deus dá em sua palavra um perfil pré-definido necessário para cada função dentro da liderança da igreja. Devemos também nisso seguir ao pé da letra as ordens escritas na palavra de Deus para que os líderes sejam escolhidos corretamente para que assim, possam conduzir a igreja de Cristo da maneira como Ele quer.

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  2. Nesse capítulo percebemos como é importante a escolha dos líderes da igreja. Não só os pastores, mas também os presbíteros e diáconos. É uma pena que hoje em dia as pessoas não estejam mais tão atentas para essa questão. Muitas delas, por falta de conhecimento ou não, elegem homens que não se enquadram nas qualificações preordenadas por Deus para o ofício. Sem contar aqueles que permitem a eleição de mulheres para estarem a frente da igreja.. não vou nem entrar nesse mérito porque todos nós sabemos que a mulher foi criada por Deus para ser auxiliadora do seu marido, para cuidar da família e da criação dos filhos, e NÃO para estar a frente de uma igreja ou de um país(né, Dilma?).
    Esse post me fez lembrar da pregação daquele pastor na comemoração do pastor Maurício na igreja da Tijuca em que ele contou um fato que ocorreu no seminário em que ele atuava. Isso nos mostra como a situação está séria nos dias de hoje. Até no local que deveria formar os verdadeiros pastores, há corrupção e distorção da verdadeira preparação dos futuros líderes.

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  3. Este texto no mostra o quão a importante era/é a liderança na igreja. Vemos,hoje em dia , que muitos homens que estão na liderança da igreja distorcem a palavra de Deus e tem pouco conhecimento. Achei muito interessante este texto ... o comentário da Talitha ,também me esclareceu bastante coisa !!

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  4. Muito bom esse texto para entendermos como as coisas aconteciam naquela epoca e como era importante as escolhas de mestres na igreja.

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  5. Além da ação soberana de Deus dirigindo seu povo nas escolhas relacionadas ao seu ministério, Deus também deixou na sua palavra parâmetros de escolha e comportamento à respeito das coisas eclesiásticas. Desde o começo da Igreja, os membros responsáveis por partes importantes como os levitas, eram preparados por parâmetros escolhidos por Deus. Eram aperfeiçoados e serviam a Deus de todo seu coração. Depois também foram instituídos parâmetros para escolha de pastores, presbíteros e diáconos. Deus com sua sabedoria mostrou as características necessárias à esses homens diante de Deus. O que percebemos é que nunca mais esses cargos tiveram a importância que merecem, tanto para escolha, quanto no exercício da função. As Igrejas deixaram de tomar por base os ensinamento divinos para escolha e tratamento de seus representantes. Nós vemos cada vez mais homens com certos cargos na Igreja totalmente desviados da palavra de Deus, exercendo suas funções sem nenhuma preocupação com o ministério a que foram chamados.

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