terça-feira, 6 de março de 2012

                          Juízes 21


     "Passado o fragor da batalha, e arrefecido seu calor, quando a memória dos eventos vergonhosos dos primeiros dois dias foi colocada numa perspectiva mais sadia pela vitória final, os israelitas tiveram ocasião de refletir e arrepender-se. A ação deles se justificava pelo ultraje dos homens de Gibeá, e a guerra que travaram foi, num certo sentido, uma guerra santa. Contudo, ela trouxera, em seu bojo, a consciência de uma fraternidade rompida, e a percepção de que, no calor da crise,  houvera votos extremados. Tornara-se óbvio, neste estágio, o sentimento profundo de unidade, nem sempre prevalecendo nas gerações posteriores. Eles lastimavam, de modo especial, o voto solene que fizeram de impedir quaisquer casamentos entre suas filhas e os homens de Benjamim, visto que tal proibição significava que uma das tribos de Israel pereceria, inevitavelmente.  Se uma família de Israel estivesse em perigo de extinção, isto seria uma tragédia; daí o recurso do levirato (que é o costume, observado entre alguns povos, que obriga um homem a casar-se com a viúva de seu irmão quando este não deixa descendência masculina, sendo que o filho deste casamento é considerado descendente do morto.). Porém, a tragédia era bem maior quando toda uma tribo estava ameaçada. Contudo, um voto não poderia  ser revogado, mesmo sendo irrefletido e mal considerado ao ser pronunciado." (Artur E. Cundall e Leon Morris)
     Todos os acontecimentos que vemos no livro de Juízes, pode ser entendido à luz do último verso: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto." O desvio e a distância dos caminhos de Deus eram gritantes, eles continuavam pecando terrivelmente contra Deus. "A degeneração de Israel agora estava tão completa que até mesmo propuseram e permitiram o sequestro de suas próprias mulheres para evitar a violação de um voto precipitado. A nação, de fato, agia irrefreadamente, segundo suas próprias inclinações pecaminosas." (Bíblia de Genebra).
      E é com este triste quadro que terminamos o livro de Juízes. Sabedores de todos estes acontecimentos, mais uma vez devemos glorificar a Deus por permanecer trazendo para si um povo que chama de seu. Apesar de nós, Deus preservou de forma sobrenatural a sua Palavra, para que ela chegasse até nós. De forma sobrenatural preservou a sua Igreja, para que fôssemos por ela abençoados. Devemos dar glórias a Deus, pois seu infinito amor por nós, sua misericórdias que se renovam sobre nós a cada manhã,sua graça maravilhosa nos mantém firmes, e manteve a Igreja de pé através dos séculos! Jesus sabia que esta jornada não seria fácil, e por isso intercede por nós na oração sacerdotal, antes de ser morto: "Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos. Eu lhes tenho dado a tua Palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tire do mundo, e sim que os guarde do mal ( do pecado!)...Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade...Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da tua palavra..." João 17:13 a 20.  Isto mesmo! Jesus orou por mim e por você, para que permanecêssemos firmes na sua palavra e resistíssemos às tentações que sobreviriam à nós! Que grande alegria saber que sua graça nos é dada para ficarmos de pé! Que alegria termos o Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis!

5 comentários:

  1. Vemos nesse texto verdades maravilhosas! Deus permanece sempre com a sua Palavra e, assim, ela chega até nós. Temos então, acesso as verdades que nos mantém firmes. O Senhor preservou também a Igreja, sendo nós abençoados por ela a cada semana. Que estejamos em constante gratidão a Deus pelo seu amor por nós e pela sua graça. Que Ele continue nos livrando do mal que tenazmente nos assedia, a fim de que estamos andando a cada dia em santidade e firmes, lutando contra o pecado.

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  2. uma coisa que me chamou muita atenção foi no versiculo 10: "Por isso, a congregação enviou lá doze mil homens dos mais valentes e lhes ordenou, dizendo: Ide e, a fio de espada, feri os moradores de Jabes-Gileade, e as mulheres, e as crianças."
    devemos nos lembrar sempre de que Deus também é o Deus da guerra, Senhor dos Exercitos e o maior General!

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  3. E mais um livro "histórico" se finda, e mais uma vez nós,ao fim dele, parando para pensar e olhar o livro como um todo,vemos o quanto Deus é misericordioso.Povos rebeldes,que mesmo cientes de seus deveres como servos,deixavam as Leis Divinas de lado.O juízo sempre vinha,foi o que vimos.Mas a misericórdia de Deus que é Eterna,essa também, sempre esteve no meio até destes próprios povos rebeldes.

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  4. Deus é tardio em irar-se, a sua misericórdia dura para sempre ... nesse texto de Juízes vimos um Deus firme em suas leis e promessas, um Deus que não inocenta o pecador, um Deus que julga. Mas ao mesmo tempo vimos um Deus amoroso, misericordioso, longânimo que suportou os tantos pecados de um povo rebelde que não enxergava sua glória ... o que seria de nós sem esse amor tão grande? O que fizemos para merecer isso? A resposta das duas perguntas é a mesma: NADA, seríamos pecadores mortos nos nossos delitos e pecados.

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  5. É tão maravilhoso pra nós sabermos que Jesus nos quer com ele e que ELE nos mantem sempre nos seus caminhos. Temos que sempre agradecer por ele ser misericordioso e bondoso conosco, pois não merecemos nada que vem das mãos DELE!
    "Que alegria termos o Espírito Santo que intercede por nós com gemidos inexprimíveis!"

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