sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

                                     Levíticos 25


     Ao entrar na terra prometida, o povo deveria guardar um ano em cada sete. Neste ano o povo não deveria plantar nem colher. A terra deveria descansar para depois voltar a produzir. Mas este não seria um ano de ociosidade. Deveria ser um ano dedicado ao ensino da palavra de Deus e da lei. Os levitas e sacerdotes deveriam se encarregar desta tarefa. Este era chamado de Ano do Descanso, ou Ano Sabático.
     Também foi instituído o Ano do Jubileu, que seriam dois anos seguidos de descanso a cada cinquenta anos. No ano do Jubileu deveria ser dada liberdade aos escravos hebreus, devolver ao primeiro dono a terra que se havia adquirido dele e perdoar as dívidas dos outros.
     O princípio de que a terra pertencia ao Senhor, era a razão destas leis sobre a ocupação. Os hebreus poderiam ocupar a terra, mas não vendê-la perpétuamente, pois não eram seus verdadeiros donos, mas estrangeiros e forasteiros neste mundo.
     Vemos aqui um claro paralelo entre o israelita com seu terreno e as nossas possessões materiais. Da mesma forma que o hebreu não era o verdadeiro dono da terra, mas apenas a utilizava provisoriamente, assim "... o crente deve considerar suas posses neste mundo como algo temporal, emprestado por Deus. O crente é apenas um mordomo dos bens de seu Deus. Por ser estrangeiro e peregrino, acompanhado por Deus em sua viagem pela terra, já que sua verdadeira pátria se encontra no céu, não deve apegar-se a coisas deste mundo" Paul Hoff
     Que linda lição! A preocupação de Deus é que seus filhos tenham com o que se sustentar e a também possam acudir ao necessitado. O tempo toda a Bíblia demonstra o Senhor dando ordens expressas para cuidarmos uns dos outros, os mais pobres dos mais ricos, das viúvas, dos órfãos. Quando um hebreu empobrecia, o vizinho mais rico deveria dar-lhe alimento, alojamento e emprestar-lhe dinheiro sem cobrar juros. Desta forma, Deus colocava freios ao desejo desmedido de acumular bens materiais e se impedia que houvesse extremos de miséria e riqueza.
     Todos nós somos mordomos daquilo que o senhor nos deu: maridos, esposas, filhos, dinheiro, bens... nada é nosso, tudo pertence a ele e devemos estar conscientes que prestaremos contas a ele de tudo que ele pôs em nossas mãos para administrarmos. Por isso devemos sempre nos perguntar: temos considerado que o que temos é exclusivamente nosso? Qual a nossa maior preocupação quando pensamos em dinheiro, o nosso bem estar, ou a vontade de Deus, os necessitados etc? Temos a noção exata do modo como temos administrado o que não nos pertence, mas ao Senhor? Grande responsabilidade...usar para o bem comum da Igreja aquilo que o Senhor colocou em nossas mãos: nossos bens, nosso carro, nossa casa, nossos dons, nosso dinheiro, nossa vida!

6 comentários:

  1. Tudo o que temos e recebemos não é nosso, é de Deus. Devemos estar sempre atentos para jamais utilizar e administrar de forma errada o que o Senhor colocou em nossas mãos.
    Muitas vezes os nossos pensamentos e desejos estão repletos de cobiça, mas temos que nos lembrar sempre que o dinheiro que nós temos deve ser usado para a glória de Deus.

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  2. O crente não deve só considerar seus bens materiais como dados por Deus(pois o são), mas também usá-los PARA Deus, para sua honra e glória! Deus nos pedirá contas de TUDO o que temos e como usamos, devemos estar atentos e usar nossos bens materiais e nossas dádivas espirituais para o reino de Deus unica e exclusivamente

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  3. Na verdade, essas perguntas finais (do texto acima)acabaram comigo, pois eu jamais havia pensado nisso (apesar de já ter isso em consciência)."Por isso devemos sempre nos perguntar: temos considerado que o que temos é exclusivamente nosso? "
    Estamos na terra apenas de passagem.Isso é sim uma lei de Deus para conosco e se não estamos sendo bons mordomos, com certeza Deus nos pedirá conta.Deus sempre deixou bem claro na palavra que a terra não é nosso lugar,não devemos nos amoldar a esse mundo e que de tudo que temos, absolutamente, nada é nosso.Indo contra tudo que falei nós estamos indo contra as leis de Deus.É difícil mas tem que ser assim: O mundo faz uma coisa?Temos que fazer o contrário.

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  4. "... o crente deve considerar suas posses neste mundo como algo temporal, emprestado por Deus. " Nada nesse mundo é nosso.Temos que estar sempre conscientes que prestaremos contas a ELE de tudo o que ele nos 'deu',do dinheiro que gastamos , se foi para sua glória ,das coisas que fazemos, das pessoas que ajudamos ,etc.

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  5. O texto nos ensina muitas lições mas a que mais me chamou atenção foi a que não devemos nos apegar as coisas desse mundo , porque são passageiras. E tambem o fato de ajudar o necessitado, e ajudar seu proximo quando precisar poruqe é pela graça de DEUS que não estamos em situações dificeis na vida.

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  6. É verdade, na prática nos distanciamos o tempo todo, é o pecado gritando em nós. Cresci em um lar atípico para a minha geração e na classe social que cresci. Em toda a minha infância e adolescência tenho o registro dos meus pais compartilhando tudo o que tinham com familiares com grandes dificuldades e muitas e muitas vezes com estranhos, meu pai ajudou literalmente a criar 6 primos nossos, com casa, comida, roupa e o mais importante muito amor.
    Meu pai ajudou a ressocializar muitas pessoas de rua, e imaginem onde eles iam parar? isso mesmo, lá em casa.
    Eu e a minha irmã logo entendemos que tínhamos que dividir tudo e tudo mesmo rsrsrs, até os nossos pais. Nunca tivemos o privilégio que o jovem de classe média tinha, de ter o seu quarto todo só pra você. O "meu" quarto era meu e de quem mais coubesse na casa rsrsrsrs. Já adulta, ainda morava com meu pai, e já dava aulas de português para estrangeiros...ser estrangeiro, não estar na própria terra já é um grande obstáculo a ser vencido, e quando outras dificuldades se impõem, viver no país fica muito difícil mesmo. Tive uma aluna cubana, que trabalhava para o Discovery Channel, e estava sendo assediada pelo seu chefe, levei ela para a nossa casa, e lá morou por 3 meses conosco. No dia seguinte, um colega dela, um judeu americano estava sem lugar para ficar, e lhe demos hospedagem também, sempre cabe mais um. E então ele nos disse uma coisa muito interessante, que nunca mais esqueci: Como vocês podem receber um estrangeiro sem ao menos conhecer, vocês são como uma Jewish Home. Ele Depois vim a descobrir que ele era de uma família ríquissima de Miami, e aquele testemunho falou fortemente ao coração dele. A cubana, somos grandes amigas até hoje, e hoje ela serve ao mesmo Deus! É maravilhoso compartilhar tudo o que temos! Ainda com todo esse testemunho, o pecado que há em mim faz de tudo para eu esquecer essa verdade! Como precisamos disso! Um beijo no coração de todos!

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